TRÊS ANOS "INTERNADO": Homem que matou mulher com 28 facadas em 2018, pode ser solto ainda neste ano

08/11/2021 09h15 - Atualizado há 3 anos

O defensor público, que assiste Eder, entrou com recurso para que o mesmo seja submetido a exame psiquiátrico para que possa gozar de liberdade

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Divulgação

Eder Clemente de Souza, ex-sindicalista, que matou a esposa, Edmarcia Citia da Silva de 33 anos, com 28 facadas, está na eminência de ser solto.

O crime ocorreu em 26 de abril de 2018 e o réu foi julgado em 17 de fevereiro de 2020, sendo considerado "INIPUTÁVEL", ou seja, foi internado para tratamento psiquiátrico, pelo período de três anos, por se considerar que não estava em seu "juízo perfeito" quando cometeu o crime.

A contagem do tempo de internação começaria a partir do momento que se entregou, confessou o crime e foi preso, em 27 de abril de 2018. Há uma decisão do juizado de 1ª instância que firma a data de 25 de outubro de 2019, como a inicial para a contagem dos três anos para a revisão.

Porém o Defensor Público que assiste Eder, Paulo Patuto, entrou com um recurso, na 3ª Câmara Criminal do TJMS, e conseguiu que o réu seja avaliado, por um perito psiquiátrico forense, ainda neste ano de 2021, cerca de um ano antes do prazo estipulado pelo juiz de 1ª instância.

Se o perito psiquiátrico considerar que Eder se encontra em pleno domínio de suas "faculdades mentais", esse será posto em liberdade.

O julgamento de teve como sentença a "inimputabilidade" de Eder Clemente, causou muita polêmica em meio a sociedade sidrolandense e revolta em amigos e familiares de Edmárcia, principalmente porque o réu se apresentou na delegacia, confessou o crime e afirmou ser porque não aceitava a separação. 

Relembre o caso:

No dia 26 de abril de 2018, a polícia militar havia sido acionada por populares, pelo disk 190, com a denúncia de que estaria havendo uma briga de casal, que acabou por se agravar logo após a denúncia.

Uma equipe da PM foi deslocada para o local, mas só conseguiu ter acesso ao interior do condomínio cerca de 10 minutos após chegar, onde constatou que o desfecho da briga teria gerado agressão com arma branca.

O crime havia ocorrido na residência de nº 89, onde Eder Clemente de Souza havia esfaqueado sua companheira Edmarcia Citia da Silva. Eder já não se encontrava mais no local, tendo se evadido pilotando uma motocicleta e Edmarcia estava caída, ferida gravemente por golpes de faca.

A PM acionou o corpo de bombeiros e designou policiais para a captura de Eder que, após ser avistado ainda no bairro São Bento, conseguiu fugir, apresentando-se logo depois na DEPOL, onde confessou o bárbaro crime.

Edmarcia, diante da gravidade dos ferimentos, acabou falecendo antes mesmo de ser socorrida pelos bombeiros.

A equipe de policiais militares encontrou, nas proximidades da residência, uma faca com cabo quebrado e suja de sangue, que possivelmente tenha sido utilizada no crime.

Edmarcia Citia da Silva tinha 33 anos, cursava licenciatura em Pedagogia na Universidade Anhanguera e era estagiária, pelo convênio da IEL com a Prefeitura Municipal, na Escola Olinda Brito de Souza.

Por TONI REIS