Supervisor da SANESUL fala sobre troca de rede, distribuição e tratamento de esgoto
A Empresa de Saneamento do Estado de Mato Grosso do Sul-SANESUL, como qualquer outra prestadora de serviços públicos, rotineiramente sofre críticas quanto a atuação e propriamente ao fornecimento do serviço para qual é habilitada. Mas o que muitas vezes a população não fica sabendo, geralmente por falta de comunicação, entre a empresa e nós, os órgãos de imprensa, é que muitos desses problemas fogem do controle da administração, principalmente por serem causados por terceiros.
Fazendo uma “mea-culpa” procuramos o Supervisor da empresa, no município de Sidrolândia, Sr. Bernardino Lugo, para o esclarecimento de alguns pontos que acabam gerando queixas da população e, consequentemente, matérias que vão de encontro ao ensejo de qualquer empresa, que é o de ser bem vista perante a sociedade a que serve.
O primeiro ponto abordado foi a questão dos reparos feitos em ruas que recentemente haviam sido recapeadas. Segundo o Sr. Bernardino, havia um acerto, firmado com a gestão passada, para que a SANESUL fosse informada, com antecedência, sobre as ruas que iriam ser recapeadas, para que antes a empresa procedesse a troca da rede água, em sua maioria de amianto, para não haverem remendos posteriores em locais já recuperados pelo recapeamento. Com a troca de governo, a atual administração, por não ter o conhecimento das pretensões da SANESUL e do acerto firmado com o antigo governo, não fez a comunicação, levando a empresa a ter que abrir ruas já recapeadas. Problema esse que, segundo o Supervisor, já foi contornado, pois a atual administração já possui um cronograma a ser seguido, onde a SANESUL será comunicada, em tempo hábil, para que proceda a troca da rede, conforme planejado.
Outra questão que, em alguns momentos, tem trazido transtornos a população, em regiões do Bairro São Bento, é a baixa pressão da água nas torneiras. Segundo Bernardino Lugo na maioria das vezes se deve ao fato de pessoas entrarem na área que abriga o poço artesiano (SID-05), que abastece a região, onde abrem o registro geral, jogando fora enormes quantidades de água potável, além de reduzir a vazão, com isso diminuindo a pressão na rede de abastecimento. Com relação a esse fato já foram lavrados BOs, pela invasão de propriedade privada, pela destruição de patrimônio, pois a concertina é constantemente cortada e arrancada, além do prejuízo pela enorme quantidade de água desperdiçada.
Bernardino aproveitou para fazer algumas considerações sobre a questão da rede de esgoto, que já serve cerca de 30% da área urbana, que no momento tem suas obras de expansão paralisadas, mas que a empresa trabalha na viabilização para a retomada das mesmas.
Um fato apontado pelo Supervisor, e que constatamos “in loco”, é a questão dos materiais que são jogados nos esgotos dos domicílios e que chegam a estação de tratamento. São materiais como brinquedos, sacolas plásticas, copos descartáveis e até mesmo latas, materiais que acabam ficando retidos em peneiras, e que se tiverem seu funcionamento obstruído, podem causar pane no sistema, causando enormes transtornos aos usuários.