Sidrolândia: 1 ª Marcha pela Educação Indígena

06/04/2017 00h00 - Atualizado há 4 anos

Na manhã de ontem (05), indígenas das aldeias urbanas de Sidrolândia realizaram manifestações em Frente a Secretaria Municipal de Educação, Câmara Municipal de Vereadores e, finalizando, em frente ao Paço Municipal. O movimento Nacional, denominado 1 ª Marcha pela Educação Indígena, é organizado pelo Fórum de Educação Indígena e tem como finalidade protestar contra a forma com que os indígenas vem sendo tratados pelo Governo Federal, também aproveitaram para protestar contra a reforma da previdência, que os afetará diretamente, pois a maioria dos indígenas está integrado a sociedade, ocupando postos de trabalho e contribuindo para o INSS, consequentemente habilitando-se a aposentadoria como qualquer outro trabalhador brasileiro.

A “marcha” teve seu início ás 08 horas, partindo da Escola Cacique João Batista Figueiredo, tendo muitos dos participantes utilizando vestimentas típicas e apresentando danças e cânticos.

Na Câmara foram recepcionados pelos vereadores Carlos Tadeu (PMDB), Jonas (PMDB), Otacir Figueiredo (PROS) e Carlos Henrique (PDT).

No momento em que chegaram ao Paço Municipal, por volta da 10:45 hs, foram recebidos pelo Prefeito Municipal, Dr. Marcelo Ascoli, pela Primeira Dama, Ana Lídia Reis Ascoli, que também é a Coordenado de Educação em Saúde, além de secretários e demais servidores.

O Prefeito disse do prazer em poder participar da manifestação, por entender e respeitar as reivindicações indígenas, além de reconhecer a seriedade dos protestos relativos a propensão de perdas de direitos trabalhistas e referentes a reforma da previdência. “Entendo e fico preocupado com essas reformas, também sou trabalhador, sempre trabalhei, tudo que conquistei foi com trabalho e não podemos perder nossos direitos, adquiridos com tanta luta e dificuldade”, colocou Dr. Marcelo.

A Mobilização Nacional da Educação Escolar Indígena, é um movimento dos povos indígenas do Brasil e seus apoiadores, tais como UNIVERSIDADES, ONGS, Sindicatos, Associações e indigenistas.

Historicamente os povos indígenas foram submetidos a imposição colonial eurocêntrica assim como em outras sociedades colonizadas. Estas imposições significou uma grande perda e transformação cultural, material e imaterial  na vida dos povos indígenas.

A educação escolar para índio cujas metodologias era pensada nos moldes ocidentais a integração destes a sociedade, um projeto de sociedade hegemônica, integracionista, desenvolvimentista. Resultando em grandes perdas, o genocídio e etnocidio das populações indígena do Brasil, e a perda do seus territórios tradicionais.