Os Professores da rede pública municipal, que receberam os tão comemorados notebooks, encontram-se em uma “sinuca de bico”, pois assinaram termos de responsabilidade de uso, desses notebooks, sem realmente saberem o que estavam levando para casa.

Os equipamentos entregues, conforme esses termos, deveriam possuir uma configuração, mas na verdade o que está dentro dos equipamentos e no selo de fábrica, são outras bem diferentes. Além do pacote Office que gratuito para teste, com duração de apenas 30 dias.

No caso da placa de memória, tanto na licitação, quanto no termo, está especificado 8 GB, enquanto que nos selos das máquinas aparece 4GB e dentro das máquinas que já foram abertas, pois apresentaram defeito, existem duas placas de memória, incompatíveis entre sí, bem provavelmente o que ocasionou a queima de uma delas ou, até mesmo, das duas.

O fato da expansão de memória já caracteriza a desconformidade como o processo licitatório, mas o mais grave é que, como os professores assinaram os tais termos, automaticamente são os únicos responsáveis pelo estado dos aparelhos, pois no momento da devolução, deverão entregar os mesmos, conforme o termo, em perfeito estado de uso.

No termo só há referência a entrega por motivo de aposentadoria, término de vigência de contrato ou exoneração, sem mencionar o prazo de validade do equipamento ou para sua substituição, como se esse tipo de equipamento vá servir durante o restante da vida funcional do servidor.

Não existe qualquer garantia de assistência técnica ou outra proteção para os usuários, caracterizando como um verdadeiro “presente de grego”, pois muitos desses equipamentos, nem sequer funcionaram, uma única vez, ficando a responsabilidade e o prejuízo para os servidores, que deveriam ser os beneficiados com a compra dos mesmos.