Devolução da sobra de DUODÉCIMO e PL da APAE podem ter sido deixados para o final do ano para uso eleitoral
A sobra do duodécimo, que ultrapassa 1 milhão de reais, se devolvida ao executivo, poderá ser utilizada para qualquer finalidade, principalmente para distribuir entre entidades e fazer política em uma eventual nova eleição. Com o dinheiro da PL 014/2020 não é diferente, principalmente para o grupo tucano que comanda a APAE.
Com 2020 chegando ao final e com a possibilidade de uma nova eleição para Prefeito, o atraso na devolução da sobra de duodécimo e o retardo para votar a PL 014/2020 (cestas para APAE), sinalizam para uma jogada política com finalidades eleitorais.
No caso do engavetamento da PL 014/2020, não havia qualquer impedimento para sua aprovação, nem jurídico e nem administrativo, tanto que foi apreciada, votada e aprovada na mesma sessão, ocorrida mais de quatro meses após o projeto ser protocolado na Casa de Leis.
Com referência a devolução da sobra de duodécimo, que já ultrapassa longe a casa do milhão de reais, não existe motivo plausível para que o recurso ainda não tenha sido devolvido, pois a Câmara está com as contas já fechadas e com suas obrigações financeiras, relativas ao ano de 2020, já cumpridas. Lembrando que nem Legislativo e nem Executivo existem para dar lucro.
Por outro lado, se acompanharmos o desenrolar das questões políticas e considerarmos que possa haver uma outra eleição para a chefia do Executivo, quem estiver na presidência da Câmara Municipal de Vereadores, sentará na cadeira de prefeito, a partir de 1º de janeiro, e poderá fazer uso desse duodécimo devolvido e dessa verba da Lei 014/2020, para fins eleitorais.
Se alguém arquitetou esse plano só esqueceu de combinar com "OS RUSSOS", pois diante de enorme rejeição, já tem candidato alijado da esperança de ser Presidente da Casa de Leis em 2021, mesmo com tantas visitas e "beija-mão" que tem feito.
Mais uma vez a sociedade, principalmente em sua porção mais carente, fica a mercê da má política e vítima da invisibilidade diante de entes públicos que a deveriam proteger.
Por TONI REIS