Depois da manifestação de cerca de 70 estudantes universitários e mais de duas horas de reunião, na manhã desta quinta-feira (03), no Paço Municipal, onde participaram representantes dos universitários, o Prefeito Ari Basso, o Secretário de Governo, Daniel Alves, o Secretário de Esportes, Gilmar Rodrigues, o Presidente da Câmara Municipal, Vereador David Olindo e representantes das empresas de transporte, Vanzella e Oliveira Tur, foi costurado um acordo, “verbal”, onde ficou decidido que a Prefeitura pagará os meses em atraso, agosto, setembro e outubro, até o dia 25 desse mês de novembro. Também se convencionou que os dias de dezembro, que são pagos antecipadamente em julho, servirão como garantia para que o transporte rode em novembro.

Na reunião o Prefeito, seus secretários e o setor financeiro, deixaram claro que não devem pagar o mês de novembro e que irão tentar achar uma maneira de deixar a dívida para o próximo governo, ideia que foi aceita pelos representantes das empresas, que só querem uma garantia de que receberão o mês trabalhado, não importando de que maneira.

A questão do transporte de universitários, da zona rural para a praça central, aparentemente foi equacionada, pois segundo o Prefeito Ari Basso, desde que as empresas aceitassem o acordo proposto, a Prefeitura daria um jeito de transportar a zona rural, que compreende assentamentos, fazendas, chácaras, aldeias e Distrito do Quebra Coco.

Ari Basso começou a reunião falando das dificuldades da administração em conseguir honrar com os compromissos financeiros, citou a demissão, em massa, de médicos, enfermeiras, professores e até contratados do programa Rua é nossa, justificando que assim como os universitários eles também tem famílias para sustentar, que como o executivo não tinha como pagar o transporte, cada um teria que fazer um esforço para bancar seu transporte, mencionou até que as empresas, que segundo ele receberam em dia e ganharam dinheiro durante quatro anos, deveriam proporcionar o mês de novembro como um bônus para a Prefeitura.

O Prefeito, por várias vezes, colocou que o compromisso não poderia ser passado ao próximo governo, principalmente porque não há como empenhar a despesa, desmentindo o site Região News que insiste em publicar que Dr. Marcelo não quis assumir a dívida.

O Presidente da Câmara Municipal, Dr. David de Olindo, novamente colocou a necessidade de que os universitários se organizem, o quanto antes, pois prevê que em breve o Ministério Público pode tomar medidas, legais, que acabem por inviabilizar o pagamento do transporte em futuras gestões.

Se a prefeitura conseguir executar alguma manobra contábil que a permita deixar o pagamento do transporte, do mês de novembro, para a próxima gestão, Marcelo terá uma dívida de cerca de R$ 167.000,00, que deverá ser abatida do valor proposto para 2017, reduzindo em mais de 40 o número de universitários que serão beneficiados com o transporte.