Prefeitura encaminha projetos de última hora para tentar beneficiar aliado político
Na sessão desta segunda-feira (12), a última sessão ordinária de 2016, o Executivo Municipal, como fez ao longo desses últimos quatro anos, encaminhou vários projetos a Casa de leis, projetos esses que chegaram a Câmara após ás 11 horas da manhã, ou seja, depois da abertura dos trabalhos.
Dentre os vários projetos, de permutas, doações e autorizações de subvenções, dois chamaram a atenção, principalmente por serem semelhantes e terem uma votação antagônica. Os dois projetos se tratavam de abertura de ruas em futuros loteamentos. No primeiro deles o casal de empresários Márcia e Moacir Hernandes doou, ao município de Sidrolândia, uma área para que seja feito o prolongamento de uma rua que possibilitará o acesso aos demais lotes de sua propriedade. Os proprietários, do futuro loteamento, estão cientes de que o plano diretor de Sidrolândia exige que todo o terreno tenha acesso a logradouro, ou seja, a uma rua ou Avenida.
Por outro lado, um outro projeto, que foi rejeitado por sete votos a cinco, foi uma permuta de área com o empresário Célio Fialho, que cedeu 630 m2 para abertura do prolongamento da Rua Targino de Souza Barbosa, que beneficia seus lotes e cumpre exigência do plano diretor. A diferença é que depois da rua aberta o executivo mandou para a Câmara o PL 043/2016, que em seu texto bonificava o empresário com 2.300m2 no bairro Campina Ipacaray.
O argumento da Prefeitura caiu por terra, pois não havia como justificar a troca de áreas, quando um mesmo projeto fazia doação. Como disse o Vereador Vadinho, se o empresário Célio Fialho realmente tivesse interesse pela coletividade, agiria como Moacir Hernandes e sua esposa que doaram a área para prolongamento da rua, beneficiando o município e valorizando seu imóvel.
Votaram contra o projeto a Vereadora Drª Rosangela, Nelinho, Vadinho, Sergio Bolzan, Waldemar Acosta, Drº Maurício e Marcos Roberto.