Dr. Marcelo Ascoli e Wellison Amarelo, prestigiaram, na noite de quinta-feira (13),  ações  do 8º Conplei nacional 2016, Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas, que este ano está sendo realizado na Aldeia Córrego do Meio. Tanto Dr. Marcelo, quanto Amarelo, sempre foram figuras presentes no meio indígena, demonstrando uma afinidade muito grande com aquelas comunidades. O Prefeito eleito esteve acompanhado da futura 1ª Dama, Ana Lídia e de Jesiel Ratier, figura que goza de grande conceito naquelas comunidades.

Durante toda a campanha Dr. Marcelo sempre pregou que o poder público deve estar perto das Igrejas, independente da religião, pois só assim, entende ele, será possível reduzir a marginalidade, o uso de entorpecentes e, por consequência, resgatar jovens para o seio familiar, como sempre colocou em seus discursos de campanha. “ A família é a base da sociedade, com famílias bem estruturadas e felizes teremos uma Sidrolândia bem melhor, isso serve não só para as comunidades indígenas, mas para todos nós que vislumbramos um futuro melhor para nós e nossos semelhantes”, colocou Dr. Marcelo.

A diversidade cultural presente ao congresso ficou evidenciada não somente nos idiomas e dialetos falados pelas diferentes etnias, mas principalmente pelo lado artístico, apresentado em forma de vestimentas, apresentações culturais e pelo belo artesanato, exemplo disso uma tribo do Alto Xingú, formada por uma única família, que apresentou canções e orações típicas e que vem passando de geração em geração, sempre apresentadas e cultuadas por idosos e jovens.

A Aldeia Córrego do Meio, mesmo com suas limitações, não ficou devendo em nada na oferta de estrutura e principalmente de acolhida e calor humano dispensado aos visitantes, recebendo rasgados elogios de brasileiros e estrangeiros.

Conversamos com o Secretário Executivo do CONPLEI, Pr. Paulo Nunes, que demonstrou a felicidade de estar junto as comunidades indígenas de Sidrolândia, agradeceu a acolhida e comentou a grande participação de etnias do Brasil, América Latina e até mesmo de outros continentes.

Pr. Paulo Nunes afirmou que  a crise financeira que o mundo atravessa limita uma grande parcela de indígenas, de outras nações, de participarem do congresso, mas coloca que o formato do CNPLEI, com ações internas anuais e de quatro em quatro anos com o movimento global, como o que está sendo realizado na Aldeia Córrego do Meio, fortalece os laços da comunidade, criando condições para que a cada ano  o movimento se torne mais conhecido e, consequentemente, tenha maior participação, tanto das etnias indígenas, quanto da sociedade em geral.

Pr. Paulo coloca que o Conselho é um movimento apolítico, que visa a conscientização da sociedade indígena para a defesa e manutenção de seus costumes, sempre com a preocupação voltada para a evolução social, citando como exemplo a qualificação profissional adquirida por indígenas que chegam a formação superior, com pós-graduação,  mestrado e doutorado, mas que devem usar dessas conquistas para proporcionar desenvolvimento a suas comunidades.

O Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas, CONPLEI, nasceu do sonho de pastores e líderes evangélicos indígenas que ardiam com a visão e paixão de ver Deus glorificado entre as tribos do Brasil. No dia 22 de Março de 1991, na sede da Sociedade Bíblica em Brasília, aconteceu a primeira reunião do CONPLEI, sendo eleitos dois coordenadores gerais, Carlos Justino Terena e Idjarruri Karajé.

Os principais objetivos do conselho são:

- Coligar e promover a união e confraternização dos pastores e demais líderes evangélicos indígenas.

- Representar igrejas evangélicas indígenas e assessorá-las em assuntos pertinentes junto à sociedade civil e aos poderes públicos constituídos.

- Resguardar, defender e pleitear os direitos indígenas.

- Avaliar, emitir pareceres e formular orientações sobre a atividade missionária em área indígena.

- Desenvolver a conscientização nas Igrejas Evangélicas Brasileiras sobre o seu papel na evangelização e na ação social junto aos povos indígenas do Brasil.

- Promover reflexão sobre uma teologia de missões adaptada à complexidade cultural e a realidade indígena.

- Programar e promover curso de treinamento para obreiros indígenas em evangelização transcultural.

- Promover intercâmbio entre igrejas indígenas e as demais igrejas evangélicas do país.

As atividades, do congresso, tiveram início no dia de ontem (12) e irão se desenrolar até domingo (16), quando ocorrerá o encerramento.