POLIOMIELITE: Quase 50% das crianças não foram vacinadas em Sidrolândia
O desinteresse dos pais é do tamanho da campanha antivacina
Foram muitos anos de pesquisa e luta para que a população tivesse acesso à vacinação. Ela é uma das maiores aliadas do ser humano para diminuir o índice de doenças. Além disso, a vacina é uma das maneiras mais efetivas de se diminuir a mortalidade infantil, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Mas, nos últimos anos, aos poucos, um movimento antivacina vem crescendo drasticamente. Apesar da maioria dos seus propagadores estar na Europa e nos Estados Unidos, essa ideia vem ganhando corpo também no Brasil.
Além das vacinas serem uma forma de poder proteger o indivíduo de modo individual, também protege a comunidade como um todo. A ideia da vacinação é impedir que o vírus se propague e cause danos em grande escala na sociedade.
Mesmo com os vários estudos ainda existe o movimento de antivacinação, algo que tem colocado várias pessoas em risco. Por algum motivo, se criou a ideia que as vacinas colocam, principalmente, as crianças em risco, ao invés de protegê-las. E é esse movimento que faz com que vários pais optem por não vacinar seus filhos.
A Prefeitura de Sidrolândia, através da Secretaria de Saúde, encerrou na última sexta-feira (30/10), a programação de vacinação contra poliomielite nas unidades básicas de saúde.
A ação fez parte da Campanha Nacional de Vacinação, que iniciou dia 5 de outubro. A meta era imunizar 95% do total de 2.935 crianças no município.
De acordo com o relatório, o município de Sidrolândia registrou a cobertura vacinal de 56,15% com 1.648 doses aplicadas, número bem abaixo do esperado.
As campanhas antivacina estão colaborando para o retorno de doenças já erradicadas como o sarampo. Em 2016, o Brasil recebeu o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo da Organização Pan-Americana de Saúde. No entanto, dois anos depois, o país registrou um surto da doença com mais de 10 mil casos confirmados e 12 mortes. Segundo os últimos dados do Ministério da Saúde, o estado mais afetado foi o Amazonas, no norte do país, com mais de 9 mil notificações.
Assim como o reaparecimento do sarampo, a preocupação em relação à poliomielite também aumenta, as duas são as mais graves do grupo de doenças erradicadas no Brasil.
Com informações
Femipa
Assessoria de Comunicação da Prefeitura