“Novamente mal informado” vereador diz que não existem remédios na rede municipal de saúde

01/02/2018 00h00 - Atualizado há 4 anos

Como tem acontecido, desde que conquistou um assento no legislativo municipal, o vereador Caré mais uma vez demonstra não estar a par da realidade, ou não querer encará-la, depois de gravar vídeos sensacionalistas e ser desmentido imediatamente com fatos, fotos e vídeos, dessa vez diz que os estoques de medicamentos essenciais estão zerados.

Em matéria publicada, ás 14:44 hs de hoje (01), com o título de capa “ Vereador denuncia que Saúde está com estoque zerado de remédios” o site Região News e o Vereador Caré (PDT), mais uma vez se unem na tentativa de desqualificar e desconstruir o trabalho realizado pela Secretaria de Saúde do Município.

Na matéria o nobre edil diz estar sendo  procurado, por pessoas de baixa renda, que estão tendo que se sacrificar para comprar remédios. Expõe, sem o menor pudor, uma senhora, Dona  Margarida de Lima Pereira (70), portadora de mal de parkinson e com câncer de mama, colocando que ela é uma das pessoas que dependem do remédio Levodopa  Carbidopa 250MG 25MG, que o “jornalista” por desconhecimento chama de Levodopa 25 MG e cardiopa 250 MG.

O “vereador Caré”, que também é missionário evangélico,  chega ao ponto de colocar que as pessoas são intimidadas e “sofrem caladas” porque tem medo de “retaliações funcionais”, por terem parentes  trabalhando na Prefeitura, passando uma ideia que só parentes de servidores municipais que adoecem e não tem remédio fornecido gratuitamente pela rede municipal de saúde.

Estivemos na UPA no dia de hoje, por volta das 18:30 hs e o que podemos verificar é bem diferente do sensacionalismo caótico pregado por Caré. Ao contrário do vereador, que sentou por cerca de cinco minutos e inqueriu servidores, conversamos com os mesmos, verificamos “in loco” e fizemos imagens dos locais onde são armazenados os medicamentos, conversamos com pessoas que estavam retirando medicamentos e fomos até a Secretaria de Saúde onde, mesmo depois do horário, fomos recebidos pelo Secretário Nélio Paim Filho, que nos detalhou toda   a logística e explicou o porquê da falta temporária de um ou outro medicamento.

O Secretário, através de documentos, comprova que o medicamento, usado como “pano de fundo” para a reportagem, já está empenhado desde o dia 15 de janeiro e que depende da entrega, por parte do fornecedor, para poder repassar aos usuários.

Na matéria Caré faz a seguinte afirmação “. Estive na UPA e fui informado que nem há previsão de quando os estoques serão reabastecidos, pois dependeria de licitação, ainda sequer lançada”, afirmação desmentida pelos funcionários que atenderam o vereador, pela NOTA DE EMPENHO 52 e pelo PROCESSO LICITATÓRIO 002208/17, válido até 13/07/2018.

O Secretário Nélio não quis comentar a atitude do Vereador, simplesmente colocou que a Secretaria, através de seus servidores, trabalha para atender a população da melhor maneira possível, que se faz o possível para evitar mas, que hora ou outra, medicamentos acabam faltando.

Nélio coloca como gargalo a questão da Licitação, onde uma empresa baixa tanto o valor dos lances, para vencer o certame, que depois acaba dificultando a entrega e até desistindo da venda, forçando a Prefeitura a tomar as medidas legais cabíveis, que acabam por atrasar o processo e consequentemente a reposição dos estoques de medicação.

Durante o tempo em que passamos na farmácia da UPA várias pessoas retiraram medicamentos, em sua totalidade levaram o que estava prescrito nas receitas médicas. Mas por medo de serem perseguidas não quiseram se identificar, com a exceção da senhora Genzimar Zoboli que nos relatou que desde sábado já havia ido a UPA retirar medicamento três vezes, uma para o esposo e duas para a avó, levando para casa tudo que foi prescrito pelos médicos. Outra senhora que aguardava para ser atendida fez o seguinte comentário: “Quantas vezes já rodei todas as farmácias dessa cidade e não encontrei algum remédio, mesmo sendo pago, imagina aqui que todo mundo pega de graça, um ou outro acaba faltando, mas quando a gente volta já tem novamente”.

A Secretaria de Saúde aguarda para breve a entrega de R$ 391.665,28 em medicamentos, alguns de uso contínuo e outros não.

A RENAME – Relação Nacional de Medicamentos Essenciais de 2017 dita os medicamentos que obrigatoriamente devem ser fornecidos pela rede pública, no caso de Sidrolândia a oferta de medicamentos essenciais é bem maior do que a exigida legalmente.

Veja abaixo as imagens feitas na tarde-noite desta quinta-feira (01):