“Auditores estiveram na cozinha piloto que distribui a merenda para as escolas da área urbana do município e constataram que os produtos preparados para serem servidos hoje não estão de acordo com o cardápio determinado pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Na inspeção feita na manhã desta quarta-feira, dia 12 de abril, a equipe de auditores identificou que a cozinha piloto estava elaborando como merenda, apenas um engrossado de fubá para ser distribuído para as escolas do perímetro urbano. Além da carência nutricional, em muitos casos ela chega imprópria para o consumo. Por conta do transporte inadequado, o engrossado de fubá resseca e o único recurso para alimentar os alunos é improvisar um reprocessamento com leite e até água, para que essa mistura voltar a ter a consistência de sopa”. Esse é parte do texto publicado no site do TCE-MS, depois de vistoria feita na cozinha piloto de Sidrolândia.

A vistoria foi acompanhada pela Nutricionista Vivian Rinaldi Nantes, que pouco antes havia feito denúncia ao Ministério Público sobre as condições nutricionais da merenda escolar municipal.

A responsável pela elaboração de cardápio, controle nutricional e higiênico-sanitário de acondicionamento e transporte, Vivian Nantes, apresentou aos auditores o “alimento” que seria servido aos alunos. Curiosamente um “engrossado de fubá”, sendo que havia arroz, feijão, macarrão e outros ingredientes, citados pelo vereador Waldemar, na sessão de terça-feira (11), na qual afirmou ter visto esses itens no estoque da cozinha piloto. A Servidora também apresentou a maneira como ela envia a merenda para ser distribuída nas escolas, em panelas, sobre papelões no assoalho da van. Deixando de mostrar aos conselheiros as 14 caixas térmicas, especialmente adquiridas, pelo governo anterior, para o acondicionamento da merenda. Caixas essas inclusive utilizadas para levar alimentos a pacientes da “Caravana da Saúde” em 2016.

A Servidora, Nutricionista Vivian Rinaldi Nantes, justificou sua atitude, de oferecer denúncia ao MP, como uma maneira de se proteger profissionalmente, cuidado que não teve durante a gestão Ari Basso, deixando dúvida sobre sua conduta, visto que na própria terça-feira (11), já estavam chegando vários tipos de alimentos para o abastecimento da cozinha.