MP investiga denuncias de criação de sites fantasmas em Sidrolândia
As empresas que administram os referidos "sites" são criadas em nomes de "laranjas" para esconder seus verdadeiros donos
O Ministério Público Estadual, por intermédio da 3ª Promotoria de Justiça, está investigando denúncia de criação de empresas, em nomes de laranjas, para administrarem "SITES FANTASMAS" que recebem dinheiro público em Sidrolândia.
Os "sites" em nome de laranjas, na realidade, conforme a denúncia e informações já levantadas pelo MP, podem estar mascarando o recebimento de dinheiro, pago por entes públicos, a políticos do Município.
No despacho da promotoria aparecem as seguintes observações: "Em consulta realizada ao site constatei que de fato não possui matérias autorais, e somente replica matérias produzidas por outros sites e de forma atrasada. Ainda, em consulta à página do facebook do site, constatei que possui poucos seguidores e que a única pessoa que avaliou a página, curte e compartilha as postagens é o vereador JJJJ".
O Ministério Público fez diligências no endereço apontado oficialmente como sendo o da empresa e do site, não encontrando nem um, nem o outro.
Foi intimado o "PROPRIETÁRIO" da empresa, e do site, para comparecer ao MP e esclarecer dúvidas da promotoria.
Em seu depoimento o 'PROPRIETÁRIO' do site disse ser "CONSTRUTOR' e ter apenas cedido seus dados para que um "AMIGO" usasse, se negando a identificar esse "AMIGO".
Deixou claro que não possui qualquer conhecimento sobre a administração, contatos com agências ou entes públicos e nem mesmo com relação a jornalismo, sempre salientando que tudo é conduzido pelo verdadeiro "cabeça", fazendo sempre a mesma declaração para todos os questionamentos, " Meu amigo, o qual não posso informar o nome".
Da solicitação de investigação, enviada pela Promotoria ao CI do MP, a mesma obteve, dentre outras informações, a seguinte resposta:"Observa-se que o site está vinculado a serviços do CLOUDFLARE.COM, conhecido por serviços de anonimato que tem como objetivo mascarar o servidor de hospedagem real, dificultando o acesso à informações de origem".
Outros "sites", criados recentemente, estão sendo investigados sob as mesmas suspeitas.
A gravidade constatada na denúncia não se apega somente ao fato de dinheiro público estar sendo canalizado para "meios de comunicação" sem efetividade, mas também ao de pertencerem a políticos, que com sua "influência" aproveitam para "encostarem" seus sites em prefeituras, câmaras, assembléia e governo do estado, se locupletando com dinheiro público.
Por TONI REIS