A má política em Sidrolândia está extrapolando até mesmo as barreiras sanitárias, sem preservar a identidade de pacientes e sem levar em conta o risco de piorar suas condições de saúde. Prova disso o que ocorreu na manhã desta quinta-feira (23) no hospital Dona Elmíria Silvério Barbosa, quando o proprietário e jornalista do site Região News foi autorizado a entrar, circular e captar imagens de pacientes da ALA VERMELHA e UTI, direcionadas a receber pacientes da COVID-19. Lembrando que nem familiares são autorizados a acessar esse setor, conforme preconizam todas as determinações, em todas as esferas, de órgãos de saúde. O setor é de "ISOLAMENTO", tanto para preservar os pacientes como seus familiares.

Diante de tamanho despautério, entramos em contato com o Presidente do Hospital Dona Elmíria Silvério Barbosa e fizemos alguns questionamentos. Perguntamos como pessoas alheias ao serviço do setor de isolamento poderiam ter acesso ao local, onde nem familiares podem entrar, recebemos a resposta de que havia sido uma solicitação do Prefeito, mas o presidente não disse se um pedido do prefeito para fazer a visita ou para franquearem a entrada do jornalista, desde que "PARAMENTADO".

Perguntamos se nós e outros jornalistas desejássemos ter acesso aos mesmo locais isso seria permitido, se seria somente usar os tais paramentos  e o Presidente respondeu que sim, desde que autorizado pela Direção.

Diante desse diálogo ficou claro que o isolamento do Hospital Dona Elmíria Silvério Barbosa, ou seja, a "ALA VERMELHA" só é inacessível para familiares e não para apadrinhados e companheiros políticos, o que consideramos uma falta de ética e principalmente uma completa falta de zelo com a vida dos pacientes e funcionários, além de uma falta de respeito com o sentimento dos familiares. Lembrando que sete famílias já perderam entes queridos para o vírus e não tiveram a oportunidade de entrar no isolamento, nem para uma última olhada.

Essa não foi a primeira vez que tal fato ocorreu, já havia ocorrido quando montaram a estrutura da ala, e mesmo naquela época, sem casos positivos e muito menos sem internados ou óbitos, denunciamos a prática do favorecimento sem medir consequências. Nesse caso nem estamos brigando pelo direito a igualdade como jornalistas e sim pelo respeito a "VIDA", queremos sim fazer imagens e entrevistar servidores do hospital, mas depois que a pandemia findar, quando nosso trabalho não levar risco de vida as pessoas, nem a pacientes e nem a funcionários.

Por TONI REIS