Hospital ameaça parar translado de pacientes graves para Campo Grande, serviço que é custeado 100% pelo Município
Mesmo com um aumento de mais de duas vezes a inflação do período, concedido pela Prefeitura sobre a subvenção mensal, cerca de 18%, a Direção do hospital Dona Elmíria Silvério Barbosa, ameaça parar com o serviço de translado de pacientes graves para Campo Grande e ainda restringir o atendimento de urgências e emergências.
A direção do hospital pressiona o Executivo usando a “vida” dos munícipes como moeda de troca, empurrando para a Prefeitura uma dívida do Governo do Estado, que não faz o repasse, segundo o Presidente Ademir Camilo, a cinco meses, contabilizando cerca de R$ 326 mil em atraso.
A restrição dos translados é um fato bem estranho e sem justificativa, pois as ambulâncias, manutenção das mesmas, combustível e motoristas são custeadas pela Secretaria de Saúde do Município, não onerando em nada o repasse mensal, ou seja, além do repasse mensal o Município ainda arca com todos os custos dos translados.
A “troca de figurinhas” que ocorre na entidade beneficente, onde os membros só trocam posições dentro da diretoria, aliada ao nepotismo e bandeiras partidárias, acabam por gerar questões políticas, exemplo disso foi a gestão anterior, que mesmo com repasses de R$ 25 mil/mês a menos, sempre feitos com atraso, nunca gerou uma crise como a que está sendo criada no momento.
Com essa manifestação da Direção do Hospital, encaminhando documento a Câmara, os Vereadores, representantes legais e eleitos pelo povo, devem aproveitar para voltarem seus olhares para a entidade, fazendo valer seu poder fiscalizador, desentranhar e esmiuçar as prestações de contas da entidade, vendo a real situação e condições de como o dinheiro público é tratado por seus gestores.
A preocupação de causar o desgaste político ao executivo municipal faz com que a Direção do Hospital deixe de cobrar o verdadeiro devedor, que é o Estado de Mato Grosso do Sul, para fazer uma cobrança indevida a Prefeitura.