Homem que denunciou guarnição de Sidrolândia é preso novamente por descaminho

07/06/2020 20h01 - Atualizado há 4 anos

O homem que denunciou que policiais militares haviam se apropriado de produtos apreendidos, apresentou "notas" de produtos que não batiam com os itens apreendidos, além de confessar o descaminho.

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Divulgação

O homem que gerou o processo que culminou com a condenação de uma guarnição da policia militar de Sidrolândia, acusando os policiais de terem se apropriado dos produtos apreendidos, mais uma vez foi pego com produtos oriundos do Paraguai, sem comprovação de origem e sem documentação fiscal.

Essa é mais uma vez que o indivíduo é pego com produtos de "descaminho", sendo preso por uma equipe do DEFRON, Delegacia Especial de Fronteira, sendo que em de 2016 já havia sido preso pelo DOF, Departamento de Operações de Fronteira e posteriormente pela equipe do CB PM Anderson, guarnição lotada em Sidrolândia, que em setembro de 2019 viria a ser acusada, pelo próprio preso, como tendo se apropriado de produtos apreendidos quando de sua prisão.

Bastou para o acusador apresentar "notas" que, segundo a defesa do policial, foram forjadas e que apresentam divergências entre o que foi entregue a receita e o que o denunciante disse estar carregando, para que o policial fosse condenado.

" Mesmo depois de demonstrado diversas divergências entre as notas apresentadas pelo denunciante com a relação de mercadorias entregues pelos PMs na Receita Federal, provando que as notas não se tratam das mercadorias apreendidas, sendo forjadas para incriminar os PMs e assim retirá-los de ação, somado a todas mentiras narradas pelo denunciante, sem testemunho algum, a Auditoria Militar, após 6 meses e 20 dias de instrução processual, por maioria de votos, optou pela condenação dos policiais, incluindo o CB PM Anderson, prevalecendo assim apenas a versão do criminoso, sendo menosprezadas todas as divergências e calúnias contidas na acusação que foram bem apontadas pela defesa.

"Ressalta informar que a ação do CB PM Anderson foi feita de forma legal, cumprindo ordem superior, filmada por câmeras da unidade militar, documentada e fotografada, porém mesmo sendo um cumpridor da lei e das ordens superiores, o CB PM Anderson acabou sendo injustiçado condenado de forma covarde, com base em uma denuncia de um criminoso que inclusive continua realizando suas práticas criminosas, fato que foi preso outra vez. Acreditamos que a justiça será feita na fase de apelação", relata a defesa do militar.

Por TONI REIS