Estudo da OMS afirma que uma hora de NARGUILÉ corresponde ao consumo de 100 cigarros
Fumar narguilé faz mal sim, apesar de muita gente achar que esse cachimbo de água, bastante utilizado nos países do mundo árabe, seria menos nocivo que o cigarro. A idéia que sustenta essa crença é que, supostamente, o líquido por onde passa a fumaça do narguilé filtraria as substâncias nocivas do tabaco, especialmente a nicotina.
De acordo com um relatório publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2005, é verdade que a água filtra um pouco da nicotina. Mas a fumaça continua carregando uma dose da substância suficiente para viciar os apreciadores do narguilé, além disso os outros venenos da queima do fumo, como o monóxido de carbono e metais pesados, por exemplo, continuam intactos e podem fazer até mais mal.
Como uma sessão de narguilé dura de vinte minutos a uma hora, um fumante chega a engolir até 50 litros de fumaça, a mesma quantidade inalada ao se fumar 100 cigarros, ou seja, 5 maços de cigarro em apenas 1 hora.
Os cigarros e assemelhados são consumidos em cerca de 5 a 10 minutos, enquanto o narguilé, geralmente utilizado socialmente na roda com os amigos, é inalado por até duas horas seguidas, intensificando a quantidade de nicotina. Este consumo em longo prazo, afirma a OMS, também estaria associado com um maior risco para câncer de boca e bexiga, e como a mangueira é geralmente compartilhada por vários indivíduos, pode também levar a doenças infecciosas como herpes, hepatite e tuberculose.
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), sancionou uma lei que proíbe a venda de narguilé a menores de 18 anos na cidade. Os estabelecimentos que descumprirem a regra serão penalizados com multa que pode chegar a R$ 10 mil.
A lei também proíbe a venda de fumo, tabaco, carvão vegetal e outras peças que compõem o narguilé para menores. A determinação foi publicada no Diário Oficial do Município desta sexta-feira (5).
Imagem principal: Pessoas fumam narguilé, cachimbo oriental que exala fumaça equivalente a cem cigarros (Foto: Arquivo/AFP)