Em alguns pontos de Vacinação Antirrábica também será coletado material para testes de Leishmaniose
O teste de Leishmaniose será feito pelos Acadêmicos de Veterinária da Uniderp em cinco dos onze pontos de atendimento
Neste sábado (22/09), das 9h às 16h, mais de 50 alunos e professores do curso de Medicina Veterinária da Uniderp promovem a coleta de material biológico – sangue, linfonodo e suabe conjuntival – para teste de Leishmaniose na população canina de Sidrolândia. Gratuita, a ação subsidiará o levantamento da infecção por Leishmania em cães do município, objeto do projeto de pesquisa de mestrado do biomédico Luiz Felipe Finkler Fiuza na Pós-graduação em Doenças Infecciosas e Parasitárias da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
Orientado pelo pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e professor do Programa de Pós-graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da Uniderp, Dr. Eduardo de Castro Ferreira, o trabalho também conta com o apoio da prefeitura de Sidrolândia e da Gerência Técnica de Zoonoses da Secretaria Estadual de Saúde do Mato Grosso do Sul. Não há informações sobre a incidência dos animais contaminados por Leishmania no município e, considerando que houve registro de casos da doença em humanos, a pesquisa é de extrema importância, pois trará informações que nortearão o poder público sobre como agir e traçar medidas de controle diante da quantidade de diagnósticos positivos, explica o docente.
A ação ocorrerá no mesmo dia da aplicação da dose da vacina contra a raiva, disponibilizada pela Prefeitura de Sidrolândia através da Secretaria de Saúde e Unidade de Vigilância em Saúde.
Para participar do teste de Leishmaniose efetuado pelos universitários, a população deverá levar o cão em um dos cinco pontos de atendimento: ESF Cleide Piran, no Jardim Alfa; ESF Malvinas e ESF São Bento, ambos no bairro São Bento; Auto Posto Pé de Cedro ou Vigilância Sanitária, situados no Centro.
Os alunos realizarão um cadastro do animal, preenchendo uma ficha de identificação com informações do tutor, nome do cão, localização da residência e uma avaliação clínica da saúde do cão relativa a doença e, depois, coletam a amostra biológica. Tudo é feito com supervisão de professores, esclareceu Eduardo. A expectativa é atender 250 cães e as amostras serão encaminhadas para avaliações na Uniderp, no laboratório de análises clínicas Rhesus e no Lacen.
No ambiente urbano, os cães são os principais reservatórios de Leishmaniose Visceral, uma doença infecciosa, caracterizada por febre de longa duração, aumento do fígado e baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular, anemia e outras manifestações. (Com informações, Cidiana Pellegrin/Uniderp)