Detectadas irregularidades em pesquisa que IPEMS fez nesse final de semana em Sidrolândia

26/09/2016 00h00 - Atualizado há 4 anos

A pesquisa eleitoral realizada pelo IPEMS, patrocinada pelo Correio do Estado, encomendada pelo Governador Reinaldo Azambuja do PSDB, no sábado (24) e domingo (25), além de não possuir o arquivo de detalhamento de bairros, foi realizada em formulários sem a numeração sequencial, numeração essa que garante que as entrevistas sejam feitas dentro do número de entrevistados, informado ao TER, quando do registro.

A gravidade da irregularidade se dá pelo fato de não havendo a numeração de controle, o instituto fica a vontade para fazer quantas consultas lhe convier, possibilitando, em caso de má fé, que a empresa consulte um número bem superior ao que foi informado ao TER, podendo com isso manipular o resultado, dentro da “legalidade”.

Veja como a fraude funciona:

Registra-se uma pesquisa com intenção de fazer 200 consultas. Com os formulários não numerados, coleta-se 500 consultas.

Das 500 consultas o candidato A tem a intenção de 300 eleitores e o candidato B de 200, consequentemente o candidato A tem 60% e o candidato B 40% das intenções.

Mas se o instituto utilizar, das 200 consultas realizadas, apenas 50 formulários favoráveis ao candidato A e 150 favoráveis ao candidato B, automaticamente o candidato B terá 75% e o A, que realmente é o que está mais cotado, aparecerá com apenas 25%.