Destaque negativo: Sidrolândia novamente na mira da mídia estadual

21/02/2015 00h00 - Atualizado há 4 anos

Depois dos desencontros de informações, acontecidos no mês de janeiro, quando um suposto “cabrito de óleo diesel” estaria acontecendo na secretaria de obras de Sidrolândia, documentado através de vídeo por um funcionário da própria secretaria e desmentido pela prefeitura, com o aval do cacique Antônio da aldeia córrego do meio, a região volta a ser motivo de destaque, “negativo”, na mídia estadual. Conforme matéria do site MIDIAMAX, dessa vez caiu a outra ponte da região e as estradas estão intransitáveis.

Veja, na integra, a matéria do MIDIAMAX, feita pelo jornalista Danilo Galvão:

As aldeias indígenas Córrego do Meio e Lagoinha, localizadas em Sidrolândia, que fica a 73 quilômetros de Campo Grande, vive desde a sexta-feira (20) um isolamento de acesso devido às condições de duas pontes, que são mantidas pelo Poder Público Municipal. Uma delas foi reparada pelos próprios moradores das comunidades, apenas com a ajuda de combustível da Prefeitura, mas obstáculos de barro impedem o seu alcance. Já a outra, que estava em estado precário, ficou ainda pior depois de ser exclusivamente utilizada nas últimas semanas até passar por interdição.

Um ônibus da Viação Vacaria, que fazia o transporte de funcionários da Unidade da JBS Friboi de Sidrolândia, ficou preso no madeiramento da ponte, afundado com o peso do veículo. Cerca de 200 funcionários da indústria de alimentos sai das aldeias Córrego do Meio e Lagoinha para trabalhar na empresa, em dois turnos de expediente, com uma viagem diária de 30 quilômetros.

Uma notícia do Midiamax, veiculada em janeiro estimou explicações da Prefeitura, que justificou a distribuição de diesel a um carro que não era da frota oficial. O Poder Público Municipal de Sidrolândia justificou que o combustível era cedido a comunida que ficaria responsável por realizar o reparo do acesso, com o apoio da própria JBS-Friboi.

“O serviço de recuperação da ponte, que a Prefeitura nos cedeu o diesel, foi feito, mas no trecho antes dela fica intransitável depois das chuvas por não estar cascalhado. Já pedimos ao Poder Público que faça a manutenção da estrada que dá acesso, em virtude da utilização necessária para muitos trabalhadores daqui ir para a Zona Urbana realizar suas atividades profissionais. Nas últimas semanas, mesmo fazendo um desvio de quatro quilômetros todo mundo passou a utilizar esse outro caminho, que acabou por estragar de vez a outra ponte”, diz o professor da Rede Municipal, e morador da Aldeia Indígena Córrego do Meio, Jucimar Clementino.

O Midiamax tentou contato com a Viação Vacaria, que teve problemas com um de seus veículos na ponte de acesso às aldeias, mas não conseguiu falar com o proprietário da empresa, Moacyr de Almeida. A reportagem até o fechamento da matéria também não conseguiu também explicações da Prefeitura sobre o trabalho de manutenção das estradas municipais que ligam a Zona Urbana às comunidades indígenas Córrego do Meio e Lagoinha.