Depoimentos de testemunhas complicam inda mais a situação de Jean e Marco Tome no caso das filmagens
A Primeira testemunha a depôr, G. M. R. G., foi ouvida em juízo e relatou que era assessor parlamentar, tendo sido Presidente da Comissão de Licitações da Casa de Leis, na época dos fatos. A testemunha afirmou “Que não se recordava se todas as empresas estavam pessoalmente presentes na abertura dos envelopes. Que sabe que as sessões eram filmadas e que quem fazia o serviço de captação de imagens era o Marco Tomé ou a pessoa de Emileny. Que quando via eles trabalhando lá eles agiam como os vencedores do contrato. Que não conhecia os representantes da empresa DHE e não sabe se essa empresa é de propriedade do Marco Tomé ou da Emileny. Que sabe que na gestão do Jean o Marco Tomé era assessor. Que não sabe de algum questionamento sobre o fato de que o serviço de filmagem não ser o vencedor da licitação”.
Com esse depoimento fica bem claro que as filmagens eram feitas pelo assessor de imprensa da Câmara, Marco Tome Rodrigues ou por sua funcionária Emileny. Funcionária no site Região News, que até então estava sob a Razão Social LEMAX/PAULA LÚCIA - ME, que depois das denúncias de fraudes e da recomendação do MP, para que Câmara e Prefeitura não realizassem mais negócios com essa empresa, a mesma foi encerrada e passaram a utilizar a Markante Tecnomídia, uma forma de burlar a justiça, que só foi descoberta 3 anos após, em 2015.
No segundo depoimento, dado por E. A. M., fica caracterizado que a empresa DHE, que teria sido a vencedora do certame, não estava realizando as filmagens, a testemunha afirmou que o Marco Tomé perguntou se ela tinha interesse, pois a empresa era de fora e que era inviável; que a empresa DHE ligou para ela quando enviou o contrato de prestação de serviços para ela; que quando chegou na Câmara, o material já estava lá; que a empresa mandava o dinheiro para o Marco e que o Marco repassava o pagamento para ela junto com o seu pagamento, pois já trabalhava para o Marco; que não achou estranho o Marco repassar o seu salário pela empresa; que quando saiu não sabe quem continuou no seu lugar; que usava um colete da empresa DHE; que não tem o contrato e não sabe o que aconteceu com o contrato; que sabe que o Marco Tomé trabalhava na Câmara e era assessor de imprensa; que o Jean e Marco eram amigos.
Já a testemunha J. A. P. F., tanto na fase extrajudicial, quanto em juízo “afirmou que nos anos de 2011 e 2012 Marco Tomé, dono do Região News, na administração do Vereador Jean Cesar,passou a realizar as filmagens das sessões. Ainda, afirmou que as filmagens eram feitas tanto por Marco Tomé quanto por Emmileny, que era funcionária de Marco Tomé, deixando claro que nunca viu qualquer representante da empresa DHE na comarca fazendo o trabalho de captação de imagens.”
O Ministério Público pede condenação dos réus por ATOS QUE IMPORTAM ENRIQUECIMENTO ILÍCITO, QUE CAUSARAM PREJUÍZO AO ERÁRIO, QUE ATENTARAM CONTRA OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, HONESTIDADE, IMPARCIALIDADE ,LEGALIDADE E LEALDADE ÀS INSTITUIÇÕES.