COVID-19: Rede municipal de saúde já montou fluxograma de atendimento a casos suspeitos

28/02/2020 08h29 - Atualizado há 4 anos

O fluxograma de atendimentos foi elaborado por profissionais de saúde dos diversos órgãos municipais

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Divulgação

Profissionais da rede municipal de saúde, pública e privada, estiveram reunidos no dia de ontem para elaborarem o fluxograma de atendimentos a casos suspeitos de Corona Vírus - COVID-19.

No documento foram oficializados os procedimentos para definição de casos, acolhimento e recepção de pacientes nas unidades de saúde, classificação quanto a gravidade, notificação a órgãos oficiais, coleta e encaminhamento de amostras para análises de confirmação, bem como o tratamento a ser dispensado a cada caso.

Estarão envolvidas, nesse sistema, APS - Atenção Primária à Saúde (Postos de Saúde), UPA, HOSPITAL e SAMU. Sendo que todos os casos considerados de gravidade terão o hospital como gargalo, cabendo a esse o encaminhamento a unidades hospitalares de referência cadastradas pelo estado.

Para a definição de casos suspeitos são postas três situações:

Situação 1: Febre1 E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) E histórico de viagem para área com transmissão local, de acordo com a OMS, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas;

Situação 2: Febre1 E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) E histórico de contato próximo de caso2 suspeito para o coronavírus (2019-nCoV), nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas; 

Situação 3: Febre1 OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) e contato próximo de caso2 confirmado de coronavírus (2019-nCoV) em laboratório, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas.

[1] Febre pode não estar presente em alguns casos como, por exemplo, em pacientes jovens, idosos, imunossuprimidos ou que em algumas situações possam ter utilizado medicamento antitérmico. Nestas situações, a avaliação clínica deve ser levada em consideração e a decisão deve ser registrada na ficha de notificação.

[2] Contato próximo é definido como: estar a aproximadamente dois metros de um paciente com suspeita de caso por novo coronavírus, dentro da mesma sala ou área de atendimento, por um período prolongado, sem uso de equipamento de proteção individual (EPI). O contato próximo pode incluir: cuidar, morar, visitar ou compartilhar uma área ou sala de espera de assistência médica ou, ainda, nos casos de contato direto com fluidos corporais, enquanto não estiver usando o EPI recomendado.

Para os casos considerados de grau "LEVE", após notificação aos órgãos oficiais e coleta de material para análise laboratorial a indicação será de internação domiciliar, ou seja, o paciente será encaminhado para sua residência, sendo monitorado diariamente, tendo evolução de seu caso acompanhada por profissionais de saúde.

As orientações para o casos de internações domiciliares são as seguintes:

1- Permanecer em afastamento temporário em domicilio com ambiente privativo e ventilação natural, distância dos demais familiares e evitar compartilhamento de utensílios

domésticos, enquanto houver sinais e sintomas clínicos;

2- Orientar importância de higienização das mãos e superfícies;

3- Restringir contato com outras pessoas;

4- Orientar que indivíduos próximos que tiverem sintomas procurem as unidades de saúde 

O Hospital Dona Elmiria Silverio Barbosa será o destino para casos de gravidade, pois cabe a ele o encaminhamento às unidades de referência, mas também fará atendimento de casos suspeitos de gravidade "LEVE", com os mesmos procedimentos a serem adotados pelas outras unidades de saúde.

Por TONI REIS