Conselho de Segurança leva bolo pronto para reunião e acaba tomando puxão de orelhas de Empresário

10/11/2017 00h00 - Atualizado há 4 anos

Na tarde desta quinta-feira (10), em reunião no Pelotão da Polícia Militar, onde estiveram presentes o representantes do Conselho de Segurança, Comando da PM, Delegado da DEPOL, vereadores da oposição e alguns empresários, foram discutidas questões relacionadas à segurança pública do Município.

A presidência do Conselho, encabeçada pelos vereadores Ganso e Vilma Felini, conduziu a reunião e para cada questionamento ou queixa apresentados, imediatamente colocavam uma explicação. Informaram que a PRF estará com o posto construído e funcionando até meados de 2018, que a PRE terá posto no município e que iriam novamente a Capital do Estado para solicitar o aumento de efetivo das  Polícias Civil e Militar. Mas deixaram bem claro que o mais importante seria a instalação de um sistema de vídeo monitoramento,  que foi apresentado por uma única  empresa de segurança.

A empresa não mostrou nenhum projeto, somente um levantamento de quantidade de câmeras, locais onde serão instaladas, valor do equipamento, entre 160 e 180 mil reais, e da manutenção mensal, que ficará na ordem de quinze mil reais. Também  não foi apresentada nenhuma planilha para justificar o valor da manutenção, visto que, pelo projeto, a responsabilidade do monitoramento será da polícia militar.

Os comandantes das forças policiais expuseram seus problemas, que em resumo são os mesmos, mas apontaram a deficiência de efetivo como o fator preponderante e que limita a execução mais eficiente dos serviços.

O Major Souza Lima colocou que a PM não realiza somente o policiamento ostensivo, mas a fiscalização de trânsito, acompanhamento e segurança em eventos, escolta de presos, além dos serviços administrativos como o atendimento ao 190.

O Delegado Carlos falou das dificuldades enfrentadas pela polícia civil no município, colocou que é uma polícia judiciária e como tal deve proceder investigações e conduzir inquéritos, além da guarda  e escolta de presos.

O empresário Moacir de Almeida, entendendo  que a discussão não estaria levando a um encaminhamento concreto, acabou se retirando, deixando a seguinte mensagem “sem projeto não chegamos a lugar nenhum”.

Já o Empresário Dalto Pavei foi bem mais incisivo, colocou que somente naquele momento  estaria compreendendo as dificuldades enfrentadas pelas polícias, mas que já estava cansado de ver pessoas fazerem política com a grave questão da segurança. Dalto , visivelmente irritado, colocou que a eleição já havia acabado e que os vereadores ainda não haviam descido do palanque de campanha, que o PSDB havia prometido reforçar o efetivo policial, mas que de concreto não havia encaminhado nada.

A Prefeitura não foi comunicada sobre a reunião. Questionada a vereadora Vilma disse ter procurado o Prefeito na parte da manhã, mas esse não estava na cidade. Não explicou porque não informou a outro representante do Executivo sobre a importante reunião, fato que está levando a Prefeitura a sofrer todo o tipo de ataques pelas redes sociais, pois a imagem que está sendo passada é de que não houve interesse em estar presente, no caso um pretenso descaso com a segurança pública.