Concurso da Câmara Municipal: David Olindo tinha razão
Com a sentença, publicada ontem (10/03), determinando a extinção da ação, impetrada pelo MP, que obrigava a Câmara Municipal a manter o concurso para suprimento de cargos no legislativo, ficou clara que o atual presidente da casa e relator daquele processo, o Vereador David Olindo, tinha toda a razão no relatório que apresentou, bem como em ter ficado indignado quando o Presidente da Câmara, na época, passou por cima de uma decisão de plenário, que cancelava o concurso, e celebrou, junto ao MP, um TAC, para que este mesmo concurso tivesse efeito.
David chegou a dizer, por mais de uma oportunidade, que estaria havendo interferência do judiciário sobre o legislativo, fato que ficou exposto com a redação da sentença do Juiz de Direito Dr. Fernando Moreira Freitas da Silva.
As irregularidades no concurso são claras e atestadas, tanto pelo relatório da Câmara, quanto pela justiça. Na realidade o Vereador Peres, acabou ganhando tempo, dois anos, empurrando com a barriga uma decisão que não era só sua.
Conversamos com o presidente da comissão que investigou as irregularidades, vereador Nélio Paim Filho e com o relator Dr. David Olindo, ambos foram categóricos em afirmar que, depois de quase um ano de apuração e diante das inúmeras irregularidades, só restou o parecer pela anulação do concurso. Que o prejuízo a terceiros, principalmente dos candidatos, foi causado pela forma com que o processo foi criado e conduzido e que a atual legislatura não poderia compactuar ou ser conivente com esses graves erros.
Caberá aos responsáveis pela casa, na época, Vereador Waldemar Acosta, que era o primeiro secretário e o ex-vereador Jean Nazareth, que era o presidente, responder pelos atos praticados e arcar com suas consequências.
Aos candidatos, cabem ações individuais para buscarem o ressarcimento de eventuais prejuízos, bem como pleitear a devolução de valores pagos como inscrições.