CAIXA PRETA: Onde vão parar os recursos cobrados de particulares pelo hospital?

22/12/2019 16h43 - Atualizado há 4 anos

Ninguém sabe quanto o hospital arrecada em recursos oriundos de atendimentos particulares e nem onde é aplicado o dinheiro

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Foto TONI REIS

A Direção do Hospital Dona Elmíria Silvério Barbosa jogou nas costas do executivo toda a falta de planejamento financeiro da entidade. Mesmo sabendo que os valores referentes a contratualização, repasses federais, estaduais e municipais, só são feitos no mês subsequente, após prestação de contas que deve ser entregue a Prefeitura até o 5º dia útil, conforme consta do TERMO DE CONTRATUALIZAÇÃO Nº 001/2018, aditivado em outubro de 2019, com a ciência e assinatura do atual presidente da entidade.

A Direção do hospital tem afirmado que a Prefeitura não repassa os valores do mês de dezembro porque não quer, usando esse artifício para justificar o NÃO PAGAMENTO DOS SEUS SERVIDORES. Esse procedimento é bastante estranho, pois a direção do hospital, que conta com pessoas formadas nas diversas áreas administrativas, além de agentes políticos que à anos mantém o poder na entidade, sabe que o poder público só pode pagar por serviço prestado, coisa que ocorre mês a mês, mas que só agora em dezembro, mês do pagamento do 13º salário, virou problema para o hospital.

Toda a vez que as finanças do hospital são discutidas, aparece como vilão o poder público, mas nunca se discute ou se investiga a maneira como a entidade está sendo administrada, onde e como o dinheiro está sendo gasto.

São diversas as denúncias de mau uso do dinheiro da entidade, que vão de festinhas a viagens de turismo. Gastos com combustíveis, sendo que os veículos são ambulâncias abastecidas e mantidas pela Prefeitura.

Uma servidora, que por razões óbvias não quer se identificar, afirma que já viu balões de aniversário serem cheios nos tubos de "oxigênio", oxigênio esse que muitas vezes falta nas ambulâncias.

Muitos se preguntam "QUANTO O HOSPITAL ARRECADA COM OS ATENDIMENTOS PARTICULARES", que vão de exames até internações. Atendimentos esses que não aparecem em prestações de contas.

Quanto o AMA arrecada? Quem fica com o dinheiro? 

Outra situação é com referência aos vencimentos de funcionários e membros da diretoria, mais uma obscuridade escondida nas entranhas da entidade, que sendo uma instituição beneficente tem por obrigação mostrar a sociedade quanto e como aplica o dinheiro, tanto o vindo do poder público, quanto o arrecadado de terceiros.

Infelizmente o Hospital Dona Elmíria Silvério Barbosa, uma entidade idealizada e constituída para servir a população sidrolandense, é utilizada para satisfazer um clã, manter mordomias de uns poucos, que se comportam como "donos", além da utilização para a "velha política suja", que dilapida a excelência dos serviços e corrói a credibilidade das entidades.

A sociedade sidrolandense espera que esse episódio, onde servidores foram utilizados como escudo e ela própria como uma lata de lixo, sirva para que as autoridades constituídas do Município abram a "CAIXA PRETA" que é a administração do hospital.