Cadê os R$ 599.481,23, pagos pela CEF, pelos Corredores de transporte coletivo?

20/12/2015 00h00 - Atualizado há 4 anos

O transporte que começou a funcionar, experimentalmente, em 01 de outubro de 2014, deveria contar com 13 linhas, 10 na zona urbana e três na zona rural, e seria explorado pela Vacaria Turismo, por um período de 6 meses, período esse necessário para a preparação do processo de licitação.

Se passou mais de ano e o processo não evoluiu em quase nada, pois o número de horários não foi aumentado e o transporte serve basicamente para levar e trazer trabalhadores da JBS, nos horários de trocas de turno.

Talvez a única alteração tenha sido o reajuste na tarífa, concedido a empresa, que em apenas três meses, elevou a passagem de R$ 2,35 para R$ 2,84

A estrutura física, que contava com um projeto denominado “Corredores Estruturais do Transporte Coletivo”, projeto esse de 2010, que recebeu, do Governo Federal, por intermédio da Caixa Econômica Federal, R$ 599.481,23, em nada contempla esse projeto, que previa 18 abrigos, de R$ 4.390,03 cada, guias e sarjetas para facilitar o acesso de cadeirantes, sinalização vertical (principalmente com placas de sinalização de ônibus), além da sinalização horizontal com faixas para pedestres.

Em documento do site da Caixa, “Acompanhamento de Obras”, aparece a data de 19/08/2014, como data da última medição, o estranho é como se fiscalizou, mediu e liberou verba para uma obra que, a olhos vistos, não existe, pois não se vê, no percurso estabelecido para o corredor, abrigos novos, muitos menos que possam ter custado R$ 4.390,03, sem contar que não há qualquer tipo de sinalização, nem horizontal, nem vertical.

A Promotoria de Justiça de Sidrolândia, após o recesso, deverá abrir inquérito para apurar o caso, que poderá gerar um processo por improbidade administrativa.