Bolzan, Vadinho e Marcão discursaram contra o que consideram um “golpe do congresso”

18/04/2016 00h00 - Atualizado há 4 anos

Sergio Bolzan (PSB), Marcos Roberto (PSDB) e Vadinho (PDT) demonstraram que suas raízes estão no “sangue” e não nas legendas partidárias, prova disso foram seus pronunciamentos, na tribuna da Câmara, na sessão desta segunda-feira (18), quando fizeram referência a aprovação do processo de Impeachment da presidenta Dilma.

O primeiro a se manifestar foi Sergio Bolzan que disse não ter visto crime nas ações administrativas de Dilma, que, segundo ele, usou dinheiro de bancos para manter programas sociais, coisas rotineiramente feitas por outros governos. Sergio colocou que sentiu “dor no coração” ao ver um congresso, onde a maioria é investigada pelo Supremo, decidir o Impeachment de Dilma, usando justificativas, das mais variadas, mas todas, segundo o vereador, alheias ao que estava sendo tratado.

“ Eu quero dizer que meu posicionamento, nessa Casa, é de tristeza, eu não ví acontecer impeachment, eu ví acontecer um golpe político, onde a classe política do nosso Brasil não respeitou a democracia brasileira, onde 54% dos eleitores brasileiros elegeram uma presidenta, legitimamente, na urna, mas eles ali, naquele momento, defenderam interesses individuais e os cargos barganhados para assumir poder no governo”. Colocou Vadinho, demonstrando muita indignação.

Vadinho fez um questionamento, que no mínimo levou os presentes a reflexão, quando perguntando que se havia crime, quem integrava a base governista não deveria também ser responsabilizado.

Outro questionamento de Vadinho é porque os partidos aliados deixaram para assumir posicionamento contrário ao governo, somente ao apagar das luzes.

Marcos Roberto (PSDB), entre os três, era o mais abatido, mas nem por isso deixou de ser enérgico e começou sua fala apontando os motivos, que segundo ele, levaram a rebelião do congresso contra o Executivo. “Dilma vetou um reajuste de 70% para o judiciário, irritou a justiça, vetou a precarização do trabalho, irritou a FIESP, Dilma vetou o financiamento privado de campanhas, irritou os propineiros, Dilma deu liberdade a Polícia Federal e não interferiu na lava-jato, irritou os corruptos, Dilma negou apoio a Eduardo Cunha, para presidência da Câmara, irritou Cunha e seus deputados. Entenderam porque tanto ódio? Entendem porque o golpe”? Questionou Marcão.