Assomasul emite nota de repúdio à ameaça e dá apoio à prefeita de Sidrolândia
A Associação dos Municípios do Mato Grosso do Sul (Assomaul) emitiu nota repudiando a ameaça sofrida pela prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo, nesta terça-feira (08) proferida pelo presidente do Hospital Beneficente Elmíria Silvério Barbosa, Jacob Breure.
A nota assinada pelo presidente da entidade, Valdir Couto de Souza Júnior, “repudia veementemente toda e qualquer conduta que se destine a cercear o pleno exercício dos direitos fundamentais à mulher, especialmente àqueles que visem o constrangimento do exercício de suas atribuições públicas e o cumprimento de seus deveres institucionais”.
A nota é finalizada manifestando pleno apoio à prefeita Vanda Camilo, e espera que o responsável pelo cometimento de tais atos sejam devidamente processados e responsabilizados.
Ocorrido
Segundo a prefeita, durante conversa telefônica, além de ameaçá-la, Jacob a proibiu de visitar o hospital onde foi diretora administrativa por 16 anos. Nesta terça-feira, como sempre faz costumeiramente, a prefeita esteve na instituição para conversar com as pacientes e entregar uma lembrança alusiva ao Dia Internacional da Mulher.
"Não vou me curvar diante do comportamento desrespeitoso e machista de quem quer que seja “, garante a prefeita que, desde as primeiras horas da manhã, recebeu e prestou homenagens pelo Dia Internacional da Mulher. Logo após retornar ao seu gabinete, Vanda ligou para Jacob e manifestou sua estranheza pela demissão da gerente administrativa supostamente porque ela permitia a entrada da prefeita para visitar os pacientes.
Em resposta, conforme relato da prefeita, ele adotou tom agressivo, disse que não admitia ingerência na gestão do hospital (mantido praticamente só com recursos públicos), a proibindo de entrar na instituição, e interrompeu ligação com a ameaça, aparentemente à integridade física da prefeita, denunciada por Vanda na Polícia.
Vanda lamenta que a situação tenha chegado neste extremo, justamente quando a administração está concluindo o processo de montagem da equipe para o hospital voltar a fazer cesáreas, um investimento mensal do município de R$ 110 mil só no pagamento dos profissionais. A Prefeitura já fez sua parte para o início das cirurgias do Opera MS.
"Embora este cidadão tenha sido um dos coordenadores da campanha do meu adversário, passei por cima dos ataques e críticas misóginas que ele nunca condenou. Mantive uma relação institucional com ele na condição de dirigente do hospital. Melhoramos o valor da subvenção e fizemos gestões junto ao Governo, que garantiu recursos de R$ 1 milhão para o pagamento de dívidas em atraso, além do 13º dos funcionários", explica a prefeita.
Clique abaixo e visualize a Nota de Repúdio na íntegra: