Aprovação de índice abaixo da inflação provocou debates acirrados na Câmara Municipal
Aprovação do projeto de correção de salários dos servidores públicos municipais, do executivo e legislativo, depois do acerto entre Prefeitura e Sindicato, deixou o legislativo entre a “cruz e a espada”, pois o índice acordado, entre as partes, acabou ficando aquém da inflação do período, ou seja, a inflação dos últimos doze meses, conforme o IPCA foi de 8,1716% e INPC de 8,3417%, e a correção acertada em dissídio ficou em 7,67%.
O acordo nesse índice proporcionou muito debate, vários tópicos foram levantados, mas difícil foi achar o certo e o errado, como colocaram os vereadores Maurício Anache e Marcos Roberto, ambos do Solidariedade, quando fizeram a seguinte colocação, “se correr o bicho pega e se ficar o bicho come”.
Waldemar Acosta, tentando explicar, acabou confundindo mais quem já estava em dúvida.
Edno Ribas, mais uma vez, colocou panos quentes e protelou, para o ano que vem, uma solução para o problema, chegando a fixar um índice mínimo de 10 % para 2016. Mencionou a precariedade dos salários e dificuldades dos servidores, mas não deixou de votar a favor do projeto.
O Vereador Pastor Moacir colocou que se o acordo já havia sido celebrado entre o executivo e sindicato, deveria ser cumprido e não discutido.
Sérgio Bolzan, sindicalista que é, alertou para o fato de que correção de perdas é um direito “sagrado” e não se discute.
Dr. Maurício, mesmo depois de tantas tentativas, de seus pares, de justificar o índice, não arredou um milímetro de sua posição, votou contrário, aliás o único, por também ser funcionário público e considerar que se o índice correto impacta a folha, que se diminuam as gratificações e cargos comissionados. Mauricio não considera justo o achatamento de salários de servidores para que o executivo infle sua máquina administrativa.
Entre “mortos e feridos”, salvaram-se todos, pois quem votou pela aprovação do projeto, levou em conta que quanto mais protelada a aprovação, maior o prejuízo dos servidores.
O que ainda pode ser discutido é a legalidade de um acordo entre prefeitura e sindicato, por um índice de correção inferior a inflação do período.