Em entrevista concedida na manhã desta segunda-feira (04) o Presidente da APAE, Sr.Glaucio Eidi Hisatsug, acompanhado dos Vereadores Ganso, Professor Tadeu, do Srº Mário Arruda e dos Advogados Patrícia Próbio e Guilherme Carnevalli, apresentou um resumo dos levantamentos efetuados pela auditoria interna sobre a investigação de desvios no financeiro da entidade.

Com relação a desvios em valores arrecadados com os leilões, foram apuradas as seguintes cifras:

No ano de 2015 os remates foram de R$ 326.589,40, sendo que R$ 156.162,45 não apareceram nas contas da APAE;

No ano de 2016 os remates foram de R$ 344.439,46, sendo que R$ 134.696,94 não apareceram nas contas da APAE; 

No ano de 2017 os remates foram de R$ 313.620,00, sendo que R$   76.189,70 não apareceram nas contas da APAE.

Somando-se os três anos, somente em valores com leilões,  foram encontrados desvios na ordem de R$ 367.049,09.

Com referência aos eventos EXPO SIDROLÂNDIA E ARRAIÁ DA APAE, também nos anos de 2015 a 2017, foram apurados desvios de cerca de R$ 51.000,00, R$ 15.000,00 com a EXPO SIDROLÂNDIA, uma média de R$ 5.000,00 ano e R$ 36.000,00 com o ARRAIÁ DA APAE, média de R$ 12.000,00 ano.

Segundo afirma o Presidente da entidade, o valor apurado de R$ 418.049,09 referente aos itens acima não é definitivo, pois muitas pessoas não possuem mais os comprovantes de pagamento, o que dificulta a confirmação da transação e a localização do paradeiro do dinheiro.

Glaucio também colocou que a auditoria verificou compras de produtos fora de um padrão normal de utilização, citando que alguns produtos, como papel higiênico e café,  foram comprados em quantidades normais de um fornecedor e poucos dias após voltaram a ser adquiridos, em grandes quantidades, de um outro fornecedor. Algumas dessas compras teriam sido feitas nos meses de dezembro, período em que a entidade não está assistindo alunos.

Há também o caso de equipamentos como aparelho de Lâmpada INFRAVERMELHO, esteira ergométrica, bicicleta ergométrica, aparelho de DVD, SMART TV  60 polegadas, computador, armários de aço, arquivos de aço, caixa de som, entre outros  materiais permanentes que foram comprados mas também não foram encontrados nas dependências da entidade.

Conforme informou Glaucio, foram  criados mecanismos para auxiliar o gerenciamento de compra e utilização bens de consumo e permanentes, além do recebimento de recursos, provenientes de pagamentos de leilões por exemplo, que somente serão recebidos por intermédio de depósito bancário identificado efetuados diretamente na conta da APAE. 

Os valores desviados, já comprovados, estão ajuizados, mas existe ainda a investigação dos itens comprados e que não foram entregues ou que podem ter sido subtraídos das dependências da APAE. Essa investigação passa pela empresa fornecedora, já identificada, mas que tem apresentado dificuldades no contato com a diretoria da APAE.