Abandonada pelo poder público, mulher com câncer faz apelo à População sidrolandense

20/02/2016 00h00 - Atualizado há 4 anos

Joana Dar’c Neves de Souza (36), depois de passar meses perambulando, pelos vários setores, das Secretarias de Saúde e Assistência Social, resolveu, após muita insistência de amigos, gravar vídeo onde expõe sua situação e pede “socorro” a população de Sidrolândia.

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Joana, mãe de dois filhos menores, uma menina de 4 anos e um menino de 10, foi diagnosticada, em janeiro de 2015, com CÂNCER DE TIREOIDE, começando sua luta contra a doença, custeando exames e consultas, com recursos próprios, que acabaram em setembro, quando, atingida pela depressão, fazendo uso de medicação controlada (remédios faixa preta), teve de abandonar seu meio de sustento que era o trabalho de transporte de pessoas e encomendas de Sidrolândia para Campo Grande e vice-versa.

Nesse período começou a padecer com as dificuldades impostas pela doença e pela burocracia nas secretarias de Saúde e Assistência Social do Município.

Por conta da saúde, passou meses aguardando “verba” para poder fazer um exame de punção da tireoide, que só confirmaria a suspeita, do médico especialista, da presença do Câncer.

Já na Assistência Social, os problemas perduram até o presente momento. Joana, que mora de aluguel, já possui três meses de atraso, o que fez com que a paciência do proprietário do imóvel chegasse ao fim, solicitando que Joana desocupe a casa. Desde o mês de outubro de 2015, quando foi comprovada a situação de risco da família, a Assistência só pagou um mês de aluguel e forneceu apenas uma cesta básica. Mês após mês, o que Joana tem ouvido da Secretaria é que ela aguarde, pois a Prefeitura não tem dinheiro, quando tiver paga. A resposta da Defensoria Pública não tem sido diferente, a Prefeitura não tem dinheiro.

O Marido de Joana, que poderia ser seu porto seguro, a quase um ano, está encostado pelo INSS, mas pelo motivo da greve dos servidores e erros burocráticos, ocorridos nas perícias médicas, não recebeu nesse período e não consegue liberação para voltar a trabalhar.

Com tudo isso e com quase seis meses de sofrimento, Joana, através da ajuda de amigos, na maioria pessoas simples e de bom coração, conseguiu, nesse mês de fevereiro, ir ao Centro de Referência de tratamento de câncer em Barretos/SP. Foi somente com a passagem de ida. Mas novamente com ajuda, recebeu, já estando em Barretos, dinheiro para custear sua estadia e passagens para o retorno a Sidrolândia.

[caption id=attachment_17303 align=alignleft width=231] Joana aguardando para ser atendida no hospital em Barretos/SP[/caption]

Joana sempre se preocupou com as dificuldades dos outros, dando e buscando auxílio aos necessitados. A caridade sempre foi sua marca registrada, muitas vezes tirando da família para dar aos outros, mas hoje não consegue ser assistida pelo poder público.

Durante a campanha, que elegeu a atual administração, Joana foi o “valete de ouro” da atual primeira dama, era ela que conduzia Dona Marlene Basso aos compromissos, agendava visitas e reuniões. Mas hoje não consegue nem ser recebida na casa dos Basso.

Nos próximos dias Joana terá de fazer o exame conhecido como “CINTILOGRAFIA DA TIREOIDE COM IODO -131”, que tem por finalidade avaliar o funcionamento da tireoide, o exame é realizado em 2 dias, no 1° dia o paciente vai em jejum, toma uma pequena dose de iodo e volta no dia seguinte para a realização das imagens que demora aproximadamente 1 hora. Só com a posse desse exame que ela poderá ser cadastrada e aceita, para tratamento, no hospital de Barretos. O exame custa cerca de R$ 600,00, dinheiro que ela não possui, muito menos os valores para se deslocar a Campo Grande.

Em conversa, com nossa equipe, na presença de duas amigas, as senhoras Katia e Irene, Joana, muito emocionada, fez a seguinte colocação: “Se eu pudesse eu não pediria nada, só peço pois não tenho outra opção, preciso me tratar, me curar, tenho meus filhos para criar. Nunca tive dificuldade para pedir pelos outros, mas para mim, mesmo precisando, não sei pedir, só quero que me ajudem até eu me curar e poder voltar a trabalhar novamente”.

Segundo apuramos, com as senhoras Kátia e Irene, anjos da guarda de Joana, a mesma precisaria, até segunda, cerca de R$ 800,00, para pagamento do exame e custeio de despesas para as idas a Campo Grande e para o início de março, quando deverá ir para Barretos, aproximadamente R$ 700,00, para passagens, dela e do acompanhante, de ida e, se Deus permitir, de seu retorno curada.

Quem quiser contribuir, com alimentos, ou alguma quantia em dinheiro, entrar em contato pelos telefones abaixo:

- 9961 - 1323 – Toni

- 9665 - 5586 – Irene

- 9803 - 7666 – Kátia