O caso do derrame de atestados falsos, denunciados pelo Site Visão Popular, no mês de julho de 2015, está muito próximo de ter um desfecho. A Delegacia de Polícia Civil de Sidrolândia (DEPOL), mesmo com as dificuldades de falta de pessoal, deve estar encaminhando ao Ministério Público, inquérito policial que aponta o (os) autor (es), bem como as pessoas que se beneficiaram das fraudes.

A demora na conclusão, por parte da Polícia Civil, se deu pela espera da conclusão do inquérito administrativo, instaurado pela Prefeitura Municipal, que apesar de longo não foi conclusivo quanto a autoria do roubo dos documentos e nem da falsificação de assinaturas.

De posse desse inquérito administrativo a Polícia Civil, que já havia requisitado uma perícia grafotécnica dos documentos, deu início as oitivas, tomando depoimento de todos os envolvidos, até então identificados. Com a conclusão dessas oitivas o inquérito estará pronto para ser encaminhado ao MP e posteriormente a Justiça.

Guardando sigilo, para não atrapalhar as investigações, a Polícia não revela nomes, mas se sabe que pode variar entre quatro e cinco envolvidos.

Outra informação, que já havíamos colhido junto a Procuradora Jurídica da Prefeitura e responsável pelo inquérito junto ao Executivo, Drª Patrícia Próbio, é de que houve uma resistência, por parte de quem apresentou os atestados falsos a seus empregadores, em apontar quem teria fornecido os mesmos. Com essa relutância, em apresentar os verdadeiros autores, eles acabariam por responder pelos crimes de roubo e falsificação, sendo que na verdade seu crime é bem mais brando, ou seja, serão responsabilizados por terem comprado e apresentado documentos de fé pública falsos.

A Polícia Civil não confirma, mas já se sabe que o roubo dos formulários e a autoria da falsificação é de um funcionário que era ligado diretamente a própria Secretaria de Saúde e que tinha acesso a todos os níveis administrativos daquele órgão.