Vereadores reagem à exposição de mensagens íntimas nos celulares

15/11/2015 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

A crítica do desembargador Luiz Cláudio Bonassini da Silva, da Seção Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, feita ao relatório do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) deu o que falar ontem na Câmara Municipal.

Ao saber que mais de 90% do material extraído de mais de 400 mil páginas dos aparelhos celulares apreendidos dos vereadores e empresários investigados na compra e venda de votos para a cassação do mandato do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), não tem nenhuma relação com o objeto da investigação, os vereadores decidiram partir para cim do Gaeco.

De acordo com o magistrado, a maioria dos dados são “privados, de conteúdo íntimo e familiar, considerados inúteis para os autos”. O caso fez com que o vereador Paulo Siufi (PMDB) falasse o quanto se sentiu lesado com a situação, já que utiliza aplicativos de telefone para falar com seus pacientes. “Aconteceram coisas desagradáveis desde que meu celular foi apreendido, no dia 25 de agosto. Eu quero conversar com o desembargador para tratar deste assunto”, denunciou ele sugerindo uma possível utilização do seu aparelho por terceiros após a data da apreensão.

*A matéria de Gabriela Couto está na edição de hoje do jornal Correio do Estado.