Vacinação deve ser o primeiro grande ato do segundo mandato de Marcos Trad

02/01/2021 10h44 - Atualizado há 3 anos

O mandato muda, mas o enfrentamento à Covid-19 deve monopolizar as ações do prefeito neste início de ano

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CERIMÔNIA. Ex-presidente da Câmara vereador João Rocha, prefeito Marcos Trad e vereador Carlão, novo presidente da Câmara - Divulgação

Eduardo Miranda

O enfrentamento à Covid-19 deve continuar sendo o principal foco da gestão do prefeito Marcos Trad (PSD), sinalizou nesta sexta-feira (1°) o chefe do Executivo, ao tomar posse para mais quatro anos de mandato.

Trad fez questão de anunciar que pretende se vacinar. “Quando chegar a minha vez, eu quero estar na fila. Porque eu quero e vou me vacinar quando chegar o meu grupo de risco”, afirmou o prefeito.

O prefeito frisou que Campo Grande e Rio de Janeiro (além do estado de São Paulo) serão as primeiras cidades a receber a vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

O discurso de posse de Marcos Trad começou com 1 minuto de silêncio em memória as mais de 1 mil pessoas que perderam a vida em decorrência da doença causada pelo coronavírus, e chamou os vereadores à reflexão. “Será que vamos aprender pela dor a viver com mais amor?”, indagou.

As menções a Deus marcaram o discurso do prefeito, como é de costume, mas ele também ressaltou eventos que estão por ocorrer neste seu primeiro ano de segundo mandato.

Citou a Liga das Nações, campeonato internacional de vôlei que está marcado para ocorrer no Guanandizão no segundo trimestre, frisou os investimentos do Reviva Centro, e também que pretende aplicar, no decorrer do mandato, R$ 1,3 bilhão em obras.

No fim do discurso, disse que tem o objetivo de manter aberto um canal direto de diálogo com cada vereador.

“Sou um gestor que recebe a todos. Não me prejulguem, não atirem pedras. Não guardamos raiva nem rancor, e todos aqueles que baterem às portas do Executivo, a porta vai estar aberta”, ressaltou.

O prefeito da Capital ainda disse que repetirá o ato que fez no início de seu primeiro mandato, quando colocara seu secretariado à disposição dos vereadores para entregar e expor todos os dados e projetos do município.

Pompa e religião

Apesar de a posse ocorrer com um número restrito de participantes para evitar aglomeração, o tom pomposo de outros eventos foi mantido, com trilhas sonoras ao som de orquestras como a de Ray Conniff, mesclado com hinos de louvor que, em certos momentos, fez com que a Câmara parecesse um templo religioso.

Marcos Trad e Adriane Lopes assinaram o termo de posse ao som de um hino cujo refrão é “quão grande é o meu Deus”.

Decano dos vereadores, Loester Nunes (MDB) falou em nome da casa durante a cerimônia. Ele ressaltou aos seus pares qual é a função de um vereador: de fiscalizar, de manter a independência, mas manter a casa unida.

“O povo espera do vereador e da vereadora uma atuação firme e honesta”, disse Loester.

Por unanimidade, Carlão passa a presidir a Câmara

Os 29 vereadores que tomaram posse nesta sexta-feira (1°) escolheram, de forma unânime, o vereador Carlos Augusto Borges (PSB), o Carlão, como o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande pelos próximos dois anos.

A eleição ocorreu logo após a sessão solene que deu posse aos 29 vereadores eleitos em 15 de novembro de 2020 e ao prefeito Marcos Trad (PSD) e a vice-prefeita Adriane Lopes (Patriota) para o segundo mandato.

Por se tratar de escolha unânime, Carlão foi eleito com votos de novidades das urnas, como a vereadora Camila Jara (PT), única mulher e vereadora mais jovem do parlamento, do coronel Alírio Villasanti (PSL), que assume a vaga que era de Vinícius Siqueira, que foi derrotado na eleição para prefeito e ficou lembrado por opor-se ao prefeito Marcos Trad (PSD).

Carlão também foi eleito com o apoio de Thiago Vargas (PSD), vereador mais votado, que embora pertença ao partido do prefeito, prometeu independência.

Após a sessão solene de posse e a sessão de escolha da mesa diretora, os vereadores voltam a trabalhar daqui a um mês, após o recesso, em 1º de fevereiro.

João Rocha disse que a Câmara fez justiça ao escolher Carlão, e sobre seu recuo (ele também cogitou permanecer na presidência), afirmou que foi um passo à frente. “Eu dei um baita de um passo à frente em nome da união da Casa”, disse.

“Essa é uma chapa nossa. Bem construída, com certeza vamos trabalhar em prol de nossa cidade”, finalizou Carlão.

CORREIO DO ESTADO