Tucano evita usar norma que permite intervenção

26/05/2018 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

Embora tenha sido eleito presidente nacional do PSDB em dezembro,Geraldo Alckmin só começou a montar seu palanque e a viajar pelo País em abril

Uma reclamação recorrente de aliados do ex-governador Geraldo Alckmin dentro e fora do PSDB é que o tucano demorou para buscar apoios regionais e estruturar sua pré-campanha. Embora tenha sido eleito presidente nacional do PSDB em dezembro do ano passado, o tucano só começou a montar seu palanque e a viajar pelo País em abril, quando renunciou ao Palácio dos Bandeirantes.

Candidato do PSDB à Presidência em 2014, o senador Aécio Neves (MG) assumiu o comando da sigla em maio de 2013 e logo em seguida iniciou uma intensa agenda de viagens.

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Há quatro anos, Aécio tinha o controle total dos diretórios e candidaturas estaduais. Para remover dissidências internas, ele promoveu uma resolução dando carta branca ao presidente do partido para vetar candidaturas estaduais que prejudicassem a estratégia nacional.

Alckmin poderia usar essa mesma regra do estatuto, mas tem evitado. Um exemplo é o caso de Mato Grosso. Lideranças locais e nacionais do PSDB classificam como muito frágil a situação do governador tucano Pedro Taques, que disputa a reeleição.

O governador é investigado pelo Superior Tribunal de Justiça no chamado escândalo dos grampos, que envolveu uma central de interceptações telefônicas clandestinas contra adversários políticos. O partido estimula o DEM, aliado do PSDB no Estado, a lançar um candidato para ampliar o número de palanques para o ex-governador sem ter de rifar Taques.

O segundo palanque pode ser o ex-senador Jayme Campos ou o ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes, ambos do DEM.

A campanha está estruturada para começar agora. Quando governador, Geraldo Alckmin cumpriu um rito. É o estilo dele. Não quis começar antes, afirmou o cientista político Luiz Felipe DÁvila, um dos coordenadores da pré-campanha tucana.

Com informações do Estadão Conteúdo

Imagem © Adriano Machado / Reuters