Tereza Cristina diz que Bolsonaro não vai admitir invasões

09/11/2018 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

Teremos segurança jurídica para trabalhar declarou a deputada

Em coletiva a imprensa na manhã desta sexta-feira (9) na sede da Famasul, a deputada reeleita nomeada para ser ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM) disse que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) não vai admitir, de espécie alguma, invasão de terras. “Teremos segurança jurídica para trabalhar e produzir, sem-terra, indígena ou qualquer outro tipo de invasão a propriedade privada ele não vai titubiar. Ele disse também que a minha missão é dobrar a produção do que já produzimos”, declarou Tereza.

A futura ministra disse também que tem certeza de que conseguirá cumprir sua missão se os produtores tiverem condições para produzirem mais. “Precisamos ter logística, melhorar as estradas, rodovias e ferrovias. Precisamos de infraestrutura para conseguir preços”, acrescentou.

Na ocasião, Tereza Cristina disse que como produtora rural, ouvir que produtores dedicados a preservação do meio ambiente poderiam ser beneficiados e incentivados pela prática, “é música para os ouvidos”, pois a maioria se esforça, mas não recebe nada em troca. “Isso que precisamos buscar, essa remuneração para quem preserva dentro da lei e com esse incentivo teremos muitas áreas de preservação”, defendeu a futura ministra.

O presidente eleito também já adiantou que quer acabar com estoques de multas. Sobre esse assunto, a futura ministra declarou que realmente existe uma injustiça, em que produtores vivem suposta perseguição. “Quando você olha outros setores mais poluidores e que são menos sustentáveis do que a agropecuária, você vê que as multas são muito pequenas em relação ao que hoje tem”, comparou. 

Sobre as declarações em que Bolsonaro propôs a fusão dos ministérios da Agricultura e Meio Ambiente, Tereza Cristina disse que devido a má aceitação “lá fora”, o presidente eleito desistiu, por enquanto, da ideia. “O modelo está se desenvolvendo ainda, é como a lei dos agrotóxicos, que vocês não gostam, é modernização e facilitação”, declarou.

Na ocasião, a deputada foi indagada sobre a prisão do ex-ministro da Agricultura Antonio Andrade. Tereza disse que não poderia declarar nenhuma opinião porque não sabe dos detalhes e que as prisões estão acontecendo e não são de hoje. “Se precisar ser (preso), vai ser”, finalizou.

Por IZABELA JORNADA E DANIELLA ARRUDA - CORREIO DO ESTADO

 Foto: Valdenir Rezende/Correio do Estado