Temer envia carta a Dodge contra inclusão dele em inquérito
No documento, emedebista usa argumentos jurídicos de especialistas e autoridades contrários à investigação de fatos anteriores ao mandato do presidente
O presidente Michel Temer resolveu enviar uma carta à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, questionando-a sobre a recomendação de incluir o nome dele no rol de investigados em inquérito que apura o suposto favorecimento da Odebrecht, pela antiga gestão da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, comandada pelos atuais ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco, entre 2013 e 2015. Ambos já são investigados no caso.
De acordo com depoimento de delação premiada do ex-executivo da empreiteira Claudio Melo Filho, houve um jantar no Palácio do Jaburu, em maio de 2014, para tratativas de um repasse de R$ 10 milhões em propina, como forma de ajuda de campanha para o PMDB. Temer também estava presente.
A decisão de incluir o presidente da República no processo foi do relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, atendendo ao pedido de Dodge.
Segundo o blog da Andréia Sadi, no portal G1, antes de elaborar o documento, o presidente se reuniu com aliados e conselheiros, especialmente o advogado Antonio Claudio Mariz.
Na carta à procuradora-geral, o presidente usa argumentos jurídicos de especialistas e autoridades contrários à investigação de fatos anteriores ao mandato do presidente. No entanto, ainda conforme o blog, Temer afirma, no documento, não querer influenciar a procuradora.
POR NOTÍCIAS AO MINUTO
© Ueslei Marcelino / Reuters