Suplente de Flávio Bolsonaro diz que senador foi avisado que Queiroz seria alvo de operação
Na época, operação foi adiada para não prejudicar eleição de Jair Bolsonaro
Paulo afirmou que as informações sobre a operação chegaram a Flávio Bolsonaro por meio do ex-coronel Miguel Braga, chefe de gabinete do senador. Braga recebeu um telefonema do delegado, que dizia conhecer um assunto de interesse de Flávio. O ex-coronel, orientado pelo parlamentar, foi se encontrar com o informante.
“Estou te contando a narrativa do Flávio e do advogado Victor para nós, Paulo Marinho e Christiano, do outro lado da mesa. O senador contou que disse ao coronel Braga que se encontrasse com essa pessoa [o delegado] para saber do que se tratava. Estava curioso. E aí marcaram um encontro com esse delegado na porta da Superintendência da Polícia Federal, na praça Mauá, no Rio de Janeiro”, revelou.
Segundo ele, Victor e outra assessora do senador, Val Meliga, também foram ao encontro do delegado. Ao tomar conhecimento da situação, Jair Bolsonaro pediu que o filho exonerasse Fabrício Queiroz e a filha, o que aconteceu no mesmo dia (15 de outubro de 2018).
Conforme Marinho, Christiano Fragoso indicou Ralph Hage Vianna para defender o ex-assessor do senador. Ainda de acordo com Marinho, a família Bolsonaro optou por montar um outro esquema de defesa.O empresário, então, desmontou as articulações que havia feito.
Segundo o suplente, Flávio contou que não falava mais com Queiroz para que não fosse acusado de orientar os depoimentos do ex-assessor. Victor Alves, no entanto, mantinha contato com o ex-colega de gabinete.
Fábio Oruê
CORREIO DO ESTADO