Suplente de Flávio Bolsonaro diz que senador foi avisado que Queiroz seria alvo de operação

18/05/2020 08h23 - Atualizado há 3 anos

Na época, operação foi adiada para não prejudicar eleição de Jair Bolsonaro

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Fabrício Queiroz era assessor de Flávio Bolsonaro na época em que o senador era deputado estadual do RJ - Foto: Reprodução

Paulo afirmou que as informações sobre a operação chegaram a Flávio Bolsonaro por meio do ex-coronel Miguel Braga, chefe de gabinete do senador. Braga recebeu um telefonema do delegado, que dizia conhecer um assunto de interesse de Flávio. O ex-coronel, orientado pelo parlamentar, foi se encontrar com o informante.

“Estou te contando a narrativa do Flávio e do advogado Victor para nós, Paulo Marinho e Christiano, do outro lado da mesa. O senador contou que disse ao coronel Braga que se encontrasse com essa pessoa [o delegado] para saber do que se tratava. Estava curioso. E aí marcaram um encontro com esse delegado na porta da Superintendência da Polícia Federal, na praça Mauá, no Rio de Janeiro”, revelou.

Segundo ele, Victor e outra assessora do senador, Val Meliga, também foram ao encontro do delegado. Ao tomar conhecimento da situação, Jair Bolsonaro pediu que o filho exonerasse Fabrício Queiroz e a filha, o que aconteceu no mesmo dia (15 de outubro de 2018).

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Paulo Marinho revelou história de Flávio Bolsonaro em entrevista à Folha de S. Paulo - Foto: Roque Sá/ Agência Senado

Conforme Marinho, Christiano Fragoso indicou Ralph Hage Vianna para defender o ex-assessor do senador. Ainda de acordo com Marinho, a família Bolsonaro optou por montar um outro esquema de defesa.O empresário, então, desmontou as articulações que havia feito.

Segundo o suplente, Flávio contou que não falava mais com Queiroz para que não fosse acusado de orientar os depoimentos do ex-assessor. Victor Alves, no entanto, mantinha contato com o ex-colega de gabinete.

Fábio Oruê

CORREIO DO ESTADO