STF deve julgar em setembro núcleo de Bolsonaro no plano de golpe

28/06/2025 05h27 - Atualizado há 6 dias

Previsão é que Moraes conceda um mês para colegas estudarem o caso, após fim do prazo de 45 dias para alegações finais

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Ex-presidente Jair Bolsonaro durante depoimento no STF • Antonio Augusto/STF

A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) deve julgar em setembro a ação penal da trama golpista que tem como réus o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras sete pessoas.

O ministro Alexandre de Moraes, relator da ação no STF, determinou nesta sexta-feira (27) que seja iniciado o prazo para a apresentação das alegações finais do "núcleo crucial".

A expectativa no tribunal é a de que, após os 45 dias previstos para o envio das manifestações de todas as partes do processo, o ministro conceda um mês para que os colegas estudem o caso antes de pedir que o julgamento seja marcado.

A definição de uma data para julgar o mérito da ação penal cabe ao ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma. Zanin estará na presidência do colegiado até outubro.

Moraes considerou que, após solicitadas pelas partes, todas as diligências e requerimentos deferidos foram realizados, como as acareações e documentos e perícias solicitadas.

A PGR (Procuradoria-Geral da República) tem 15 dias para enviar suas considerações finais de acusação. Em seguida, o tenente-coronel Mauro Cid, delator do caso, terá 15 dias para apresentar as alegações finais de sua defesa.

A partir do momento em que Cid enviar, abre-se o mesmo prazo, conjunto, para as defesas dos demais réus. O recesso do Judiciário, que acontece no mês de julho, não suspende o prazo aberto pelo ministro.

Os réus do "núcleo um" da trama golpista são:

Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;

Mauro Cid, tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;

Walter Braga Netto, general do Exército, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil na gestão Bolsonaro, além de candidato a vice-presidente em 2022;

Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);

Almir Garnier, almirante de esquadra e ex-comandante da Marinha;

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro e ex-secretário da Segurança Pública do Distrito Federal;

Augusto Heleno, general da reserva do Exército e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) na administração Bolsonaro;

Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa de Bolsonaro.

Blog Teo Cury - CNN