Simone Tebet diz ter enxergado como ‘lamentável’ adiamento da CPI do MEC

07/07/2022 13h36 - Atualizado há 2 anos

Para a senadora, empurrar investigação para depois da eleição, é o mesmo que nada apurar

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Divulgação

CELSO BEJARANO

A senadora sul-mato-grossense Simone Tebet, pré-candidata ao Planalto pelo MDB, disse ter sido “lamentável”, os líderes do Senado ter barrado a CPI do MEC agora e suspendido as investigações somente para depois das eleições, em outubro.

A criação da CPI surgiu depois da prisão do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, duas semanas atrás, por supostos crimes de tráfico de influência e corrupção na destinação de verba do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação”. Com ele foram encarcerados dois pastores evangélicos por suposta participação na trama.

“Triste Brasil que tem que escolher entre dois escândalos, o do Petrolão e o da Educação em uma eleição, e não poder, sequer, apurar através da casa mais democrática do Brasil, que é o Congresso Nacional, as denúncias gravíssimas que nos chegam. Lamentável a decisão de hoje [quarta, 6] em não instalar a CPI do MEC”, afirmou a senadora.

A pré-candidata emedebista disse ainda discordar do argumento sustentado pelo comando do Senado em adiar a instalação da CPI por conta do pleito eleitoral.

“Foi uma deliberação dos líderes que eu questiono, não concordo, porque empurrar a instalação da CPI do MEC para após as eleições é o mesmo que não apurar. Ninguém vai instalar essa CPI no final do ano. Eleição não é desculpa”.

Seguiu a senadora: “todos nós recebemos nossos salários, todos nós temos que ficar atentos 24 horas por dia, especialmente quando estamos falando de áudios e denúncias gravíssimas de autoridades públicas. O Ministério da Educação é a pasta mais importante hoje no Brasil. Estamos falando do nosso futuro, do futuro das nossas crianças e jovens”.

Concluiu Simone? “recursos tão necessários faltando para a merenda escolar para a conectividade de computadores no Ensino Médio, sendo aí distribuído de acordo com interesse pessoal político, partidário, de meia dúzia de pessoas. Lamentável”.

CORREIO DO ESTADO