Sem André, PMDB poderá “cair no colo” do PSDB nas eleições
O “não” do ex-governador André Puccinelli de concorrer a Prefeitura de Campo Grande pode levar o PMDB a “cair no colo” do PSDB nas eleições deste ano. O Plano B, que seria o ex-peemedebista e ex-prefeito Nelsinho Trad (PTB), está distante da cúpula do partido. O primeiro desafio de Nelsinho é convencer o irmão, deputado estadual Marquinhos Trad (PSD), a desistir da pré-candidatura. Trata-se de missão árdua e difícil de ser vencida devido à resistência do parlamentar.
Isto mostra a agonia do PMDB em buscar nome com densidade eleitoral e força política para disputar a prefeitura. “Ninguém quer disputar a eleição”, argumentou o presidente regional do partido, deputado estadual Junior Mochi. À exceção de Puccinelli, o PMDB teria o deputado federal Carlos Marun, o deputado Márcio Fernandes e os senadores Simone Tebet e Waldemir Moka para disputar a prefeitura. São políticos de peso. Mas nenhum empolgaria o eleitorado.
É um cenário agonizante para o PMDB depois de reinar por 20 anos ininterruptos na administração de Campo Grande. A derrocada do partido começou com a derrota nas eleições de 2012 para Alcides Bernal (PP), agravada com a perda do governo do Estado, em 2014.
Com as duas eliminações nas urnas, o PMDB perdeu musculatura política e emagreceu com a saída de importantes lideranças para outras agremiações partidárias. Para aumentar ainda o prejuízo, os antigos aliados estão virando as costas para ingressarem no barco dos adversários em melhores condições estruturais e com chance de vitória.
André é hoje a grande liderança que sobrou dentro dos quadros do PMDB. O partido não tem opção capaz de ameaçar um dos Trad (Marquinhos ou Nelsinho), bem como a vice-governadora Rose Modesto (PSDB) e o prefeito Alcides Bernal.
*A reportagem completa está na edição de hoje do jornal Correio do Estado.