Segurança pública nas fronteiras é tema de debate entre parlamentares

28/03/2019 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

O deputado estadual Barbosinha (DEM), líder do governo na Casa de Leis, subiu à tribuna na manhã de ontem (27) para expressar sua preocupação com a segurança pública do Estado, em relação às áreas de fronteira. “O editorial do Jornal Correio do Estado de ontem (26) informa que o Estado receberá R$ 8 milhões da União neste ano para combater a violência. Este dinheiro não dá nem para cobrir o gasto com os presos do tráfico que são de R$ 11 milhões mensais”, relatou o parlamentar.

“Os dados também contabilizam mais de R$ 380 milhões em propriedades rurais e bens apreendidos no Estado. Se esse número é real temos então o caminho para que o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a bancada federal e a União possam dar celeridade no processo de leilões destes bens, já que esta foi uma das bandeiras levantadas na campanha presidencial. É necessária a compreensão de que o que passa por nossas fronteiras pode auxiliar no crime de outros Estados”, conclui o deputado Barbosinha.

O deputado Cabo Almi (PT) lembra que existe uma luta enorme por parte das polícias do País para proteger as fronteiras do Estado. “Hoje, com a polícia do Estado defasada, temos ainda a ajuda algumas vezes da Força Nacional e do Exército Brasileiro. O que mais me preocupa é que o Governo Federal está sendo moroso na questão da segurança de nossas fronteiras. Vamos torcer para que cheguem a Mato Grosso do Sul recursos melhores do Ministério da Justiça e Segurança Pública”, considerou.

Concurso – O deputado Cabo Almi também subiu à tribuna para reforçar um apelo ao Governo do Estado. “É necessário chamar as pessoas que passaram nos concursos da Polícia Militar, Bombeiros Militar e Polícia Civil de 2017. O concurso foi suspenso temporariamente e há a informação que um dos problemas é que a instituição responsável pela aplicação das provas não recebeu o valor pago pelas inscrições”, ressaltou.

Cabo Almi afirmou ainda que o problema é o aumento da violência. “A violência não espera, temos bons policiais sim, mas falta efetivo, por exemplo, eles sofrem na pele falta de informações quando estão em missão. Isso é muito sério e preocupante, e esse é um dos assuntos que muitas pessoas levam ao meu gabinete. Deixo aqui meu apelo sobre a urgência do Governo do Estado solucionar essa situação, chamando os candidatos para as fases finais do processo seletivo e finalmente exercerem suas funções”, destacou.

O deputado Babosinha, em aparte, também acha justa a preocupação de Cabo Almi. “Sua preocupação também é nossa. Os escrivães e agentes da Polícia Civil também não foram chamados, precisamos de médicos, peritos papilocopistas, entre outros profissionais da segurança pública. O limite prudencial da folha do Estado está comprometido, e Mato Grosso do Sul não tem condições sozinho de fazer esse enfrentamento. O Governo do Estado gradativamente está destravando os concursos, não só para chamar os candidatos que passaram, mas abrir futuramente novos concursos”, registrou.

Reforma – O deputado Cabo Almi também acrescentou que o presidente da República, Jair Bolosnaro (PSL) não deve apenas debater a Reforma da Previdência. “Já que é necessária, todos os presidentes anteriores a ele falavam da importância desta reforma, percebo que esta gestão está muito desorganizada. Em vez de organizar a Câmara e o Senado para essa votação, aparece na agenda do presidente uma pauta de comemoração do Golpe Militar de 1964, isso não é parece ser de um chefe de Estado que queira realmente votar a Reforma da Previdência, alertou.

Por: Christiane Mesquita   

Foto: Luciana Nassar 

Agência ALMS