Segunda fase da Lama Asfáltica cumpre 15 mandados de prisões
Segunda fase da Operação Lama Asfáltica, desencadeada na manhã de hoje (9), cumpre 15 mandados de prisão temporária, 28 de busca e apreensão e 24 de sequestros de bens de pessoas investigadas em Campo Grande e Rio Negro (MS), e ainda, nos estados do Paraná e São Paulo.
Nesta manhã, viatura da PF estava na Rua Euclides da Cunha, em frente ao prédio Champs Elysées, onde mora o ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli.
A Operação Lama Asfáltica – Fazenda de Lama, faz referência a procedimentos utilizados pelos investigados na aquisição de propriedades rurais com recursos públicos desviados de contratos de obras públicas, fraudes em licitações e recebimento de propinas, resultando também em crime de lavagem de dinheiro.
A ação policial conta com 201 policiais federais, 25 da Controladoria Geral da União e 44 da Receita Federal. Além de Mato Grosso do Sul, outros alvos da operação são as cidades Curitiba e Maringá (PR) e Presidente Prudente e Tanabi (SP).
OPERAÇÃO
Na primeira a fase da Operação Lama Asfáltica, cujas investigações se iniciaram em 2013, foi constatada a existência de grupo que, por meio de empresas em nome próprio e de terceiros, superfaturam obras contratadas com a administração pública, mediante a prática de corrupção de servidores públicos e fraudes a licitações, ocasionando desvios de recursos públicos.
A organização criminosa atua no ramo de pavimentação de rodovias, construções e prestações de serviços nas áreas de informática e gráfica. Os contratos sob investigação envolvem mais de R$ 2 bilhões.
Após a análise de materiais apreendidos na primeira fase, novas fiscalizações feitas pela CGU e relatórios da Receita Federal, mostraram fortes indícios de prática dos crimes de lavagem de dinheiro, inclusive decorrentes de desvio de recursos públicos federais e provenientes de corrupção passiva, com a utilização de mecanismos para ocultação de tais valores, como aquisição de bens em nome de terceiros e saques em espécie, de acordo com divulgação da PF.
Os presos são levados à superintendência da Polícia Federal, na Capital.
Por LAURA HOLSBACK E VÂNYA SANTOS
Imagem Alvaro Rezende
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