“Se Simone sair eu vou sair também”, diz Eduardo Rocha sobre partido

05/02/2019 00h00 - Atualizado há 5 anos
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Divulgação

O deputado estadual de Mato Grosso do Sul Eduardo Rocha (MDB) disse, nesta terça-feira (5), que se a senadora Simone Tebet (MDB) deixar o partido, ele também deixará.  Para ele, Simone deveria ser presidente nacional do Movimento Democrático Brasileiro. “Mas o partido não quer isso”, lamentou. 

“Não dá pra viver com esse bando de corjas”, declarou Rocha, sem citar nomes. Ele disse ainda que, o MDB se entregou ao Partido dos Trabalhadores. “Não temos problemas com o MDB daqui, ma, as ofensas que o Renan Calheiros fez a nossa família são graves. Se sairmos temos simpatia com o democratas e com o PSDB”, finalizou. 

A CONFUSÃO

Simone Tebet decidiu enfrentar o senador Renan Calheiros (AL) na bancada e no plenário, no qual ela votou em Davi Alcolumbre (DEM-AP), e não no correligionário para assumir a presidência do Senado. Por isso, ela foi ameaçada por Renan de ser expulsa do partido. 

O MDB foi o partido do seu pai, o senador falecido Ramez Tebet, no qual fez história na política. Mas Simone sente a pressão para pular do barco emedebista.

Simone já havia alertado sobre as consequências de eventual saída sua do MDB, porque muitas lideranças do Estado poderão acompanhá-la. É o caso do marido dela, o deputado estadual Eduardo Rocha. 

Ela disse ter sido procurada pelo senador Major Olímpio (SP) para filiar-se ao PSL do presidente Jair Bolsonaro. As lideranças nacionais do PSDB e do DEM também a convidaram para filiação. O senador Nelsinho Trad (MS) prometeu estender o tapete para recebê-la no PSD.

Por enquanto, Simone prefere continuar lutando para recuperação do MDB.

Por Maressa Mendonça, Izabela Jornada e Adilson Trindade

Foto: Valdenir Rezende/Correio do Estado

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