O depoimento de Ronnie Lessa, réu confesso pelo assassinato da vereadora Marielle Franco, pode implicar ainda mais os irmãos Brazão e os delegados envolvidos no caso.

A expectativa é de uma “sabatina” tanto nesta terça-feira (27), quando será inquirido pela Procuradoria-Geral da República (PGR), quanto na quarta, em que as perguntas ficam a cargo das defesas.

Os investigadores esperam que Lessa detalhe, de forma mais aprofundada, as informações que constam no seu acordo de colaboração premiada.

Há a possibilidade de que Lessa contribua com a linha de investigação que apura uma tentativa de obstrução de Justiça por parte dos delegados Rivaldo Barbosa e Giniton Lages.

Segundo a Polícia Federal (PF), ambos são suspeitos de dificultar o acesso a imagens de câmera de segurança que poderiam identificar, de forma mais rápida, os executores do crime.

Em relação aos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, Lessa será questionado sobre as reuniões em que eles teriam acertado a “contratação” e também a ligação da dupla com o miliciano Edmilson Silva, o Macalé.

Já as defesas dos demais réus devem se concentrar em questionamentos que, na avaliação dos advogados, possam, de alguma maneira, fragilizar a delação de Lessa.

Blog Luísa Martins - CNN