Rose tenta “pescar” mais um governista com cargo de vice
Ex-senador e atual secretário especial do Estado, Pedro Chaves dos Santos foi convidado pelo União Brasil para compor chapa do partido pelo Executivo de MS
CELSO BEJARANO
Ex-senador e atual secretário de Relações Institucionais e Assuntos Estratégicos do governo estadual, Pedro Chaves recebeu convite para concorrer como vice da pré-candidata do União Brasil ao governo de Mato Grosso do Sul, a deputada federal Rose Modesto. Ele disse que avalia a possibilidade e responde sim ou não no início da semana que vem.
O convite, confirmado por Chaves, foi feito pela senadora Soraya Thronicke, a presidente regional do União Brasil, e pela pré-candidata.
“Senti-me orgulhoso, foi prazeroso, há a possibilidade, real chance, muito real, mas ainda estou avaliando o convite”, disse o ex-senador.
Chaves é, desde fevereiro de 2019, secretário especial de Relações Institucionais e Assuntos Estratégicos do governo de Mato Grosso do Sul no Distrito Federal. Ou seja, ele atua há três anos como representante do governo do PSDB, que deve lançar Eduardo Riedel para rivalizar com Rose nas eleições de outubro.
Se o ex-senador concordar em concorrer como vice ao lado de Rose Modesto, será mais uma baixa no PSDB, que acumula perdas desde o início do período pré-eleitoral.
Os tucanos perderam deputados, como a própria Rose, ex-secretários e aliados de antes. Por outro lado, a cúpula do PSDB acredita ter conquistado o apoio de ao menos 70 dos 79 prefeitos com mandato em Mato Grosso do Sul.
Pedro Chaves disse ter sido convidado, também, pelo PSD e o PSDB para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados. No entanto, ele disse nada ter definido ainda sobre isso.
O ex-senador e professor pós-graduado em Economia e Gestão Pública disse acreditar que o que chamou de “acolhimento” proposto pelo União Brasil tem a ver com seu histórico profissional. “Tenho serviços reconhecidos em gestões ligadas ao comércio, aos setores industrial e de educação e também ao agro”, afirmou.
Como representante do governo de Mato Grosso do Sul em Brasília, ele atua diretamente em programas que devam permitir a viabilização das rotas bioceânicas, ferroviária e rodoviária, a revisão das concessões da malha ferroviária oeste e da BR-163, investimentos para os três portos do Estado e a efetivação das parcerias público-privadas nas áreas de saneamento, rodovias e infovias digitais.
CAMINHADA
A pré-candidata Rose Modesto no sábado viajou para Dourados, segundo colégio eleitoral do Estado. Lá, conversou com políticos e empresários da região.
Próximos da deputada afirmaram que a parlamentar busca um ou uma representante da região para concorrer à vaga ao Senado pelo União Brasil.
Na filiação de Rose, duas semanas atrás, apareceu no evento o vice-governador Murilo Zauith, que é de Dourados e afirmou que “estuda os projetos do partido”. Ele ainda deixou em aberto o aumento de suas aparições públicas na política para abril.
AINDA NINGUÉM
Até agora, a 11 dias do fim da janela partidária, período que os políticos interessados na eleição têm para trocar de partido, nenhum dos divulgados como pré-candidatos ao governo acertou alianças com seus vices.
O PSDB, que tem como pré-candidato Eduardo Riedel, ainda nem se manifestou ou revelou o nome de um eventual vice-governador.
O PSD, do prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad, já confirmado pré-candidato do partido, disse há umas três semanas ter convidado Ricardo Ayache, do PSB, para concorrer como vice.
Ayache, no entanto, ao menos por enquanto, disse que preferiria aguardar avaliação de seu partido e nada garantiu. Ele também revelou que, pessoalmente, prefere continuar à frente da Cassems.
O União Brasil, agora, convidou o ex-senador Pedro Chaves dos Santos, que também prometeu pensar no assunto.
Os ex-governadores Zeca do PT e André Puccinelli (MDB), que já sinalizaram pré-candidaturas, nada anunciaram ainda quanto a possíveis candidatos a vice.
Ex-governistas surgem como fortes parceiros
Com o atual vice-governador Murilo Zauith no palanque e o ex-secretário de Obras Marcelo Miglioli também ofertando apoio, Rose Modesto vem formando em seu entorno um grupo recheado de ex-governistas insatisfeitos e buscando outros projetos.
CORREIO DO ESTADO