Puccinelli diz não ter receio de prisão caso candidate-se em 2020

18/03/2019 00h00 - Atualizado há 5 anos
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Divulgação

O ex-governador e ex-candidato ao Executivo de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, disse que não tem receio de ser preso caso seja novamente candidato a algum cargo eletivo em 2020 ou 2022. Em entrevista na sede do MDB na sexta-feira o mesmo alegou que não tem a pretensão de ser candidato, porém “o futuro à Deus pertence” e sua opinião ainda pode mudar. 

“Não sei lhe dizer se seria candidato. Em questão jurídica me prenderam sem denúncia, não tinha condenação em primeira instância. Agora que começou a investigação. Se a gente não tiver a coragem ocasionada da certeza que não fez o que disseram não fazemos nada”, destacou Puccinelli lembrando da situação que passou em 2018 quando ainda era pré-candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul pelo MDB e foi preso no dia 20 de julho, tendo o pedido de liberdade concedido apenas em 19 de dezembro, já após o pleito. 

Como estava preso, André desistiu da candidatura e indicou a senadora Simone Tebet como nome para representar o MDB nas urnas. Inicialmente a emedebista aceitou o pedido do presidente regional do partido, mas desistiu, levando a candidatura do então presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALMS), Junior Mochi, que buscava a reeleição, representar a agremiação no pleito. 

Como presidente regional do MDB até 2 de dezembro deste ano, André destacou que não tem medo de perseguição política e espera não ser novamente preso. 

“Eu não pretendo ser candidato, estou exercendo uma função que não é pública. Perseguir mais do que eu já fui? O Zé Dirceu tem condenação em 2ª instância e veio aqui lançar livro. Eu fui preso sem condenação e sem denúncia. É sacanagem demais. Espero que não aconteça, sou cristão e creio em Deus”. 

Com a proximidade da eleição para prefeito e vereadores, marcada para outubro de 2020, os partidos políticos estão se organizando na criação de bases municipais e a disposição de nomes com representatividade nas urnas, com a reforma eleitoral está proibida as coligações nas chapas proporcionais.

Durante reunião do partido, na sexta-feira, as principais lideranças, entre elas, o ex-senador Waldemir Moka, o ex-deputado federal Carlos Marun, os deputados estaduais Márcio Fernandes, Eduardo Rocha e Renato Câmara, além da senadora Simone Tebet e da ex-deputada Antonieta Amorim, estiveram presentes e apoiaram Puccinelli na permanência da direção da sigla. 

“O MDB deve continuar unido, sob o comando de André até a próxima convenção, quando o futuro dependerá do seu desejo de continuar à frente do partido e da eventual disposição de outros correligionários de pleitear a função”, destacou Marun. 

O ex-presidente da ALMS Mochi afirmou que, caso seja necessária a renovação do MDB, a decisão deve partir de Puccinelli. “André ainda é a figura expressiva do partido. Ele ainda é o nome mais forte, tem de continuar no comando e deve partir dele a necessidade de renovação. Ele que vai decidir se é importante renovar”.

O deputado Renato Câmara já afirmou que colocará seu nome à disposição para presidir o partido em Mato Grosso do Sul. 

Por YARIMA MECCHI E IZABELA JORNADA

Foto: Bruno Henrique

Correio do Estado