Pré-candidatos à prefeitura da Capital ainda não emplacaram nas redes sociais

16/10/2023 10h36 - Atualizado há 1 ano

Marcos Pollon (PL) lidera na plataforma Instagram, Camila Jara no TikTok (PT) e Beto Pereira (PSDB) no Facebook

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Montagem - Arquivo/Correio do Estado

Que o “mundo virtual” virou um caminho sem volta para os políticos e eles precisam saber usá-lo para passar sua mensagem aos eleitores não é mais segredo para ninguém.

No entanto, em pleno 2023, os pré-candidatos ao cargo de prefeito(a) de Campo Grande nas eleições do próximo ano – os deputados federais Beto Pereira (PSDB), Camila Jara (PT) e Marcos Pollon (PL) e a atual prefeita Adriane Lopes (PP) – ainda não emplacaram nas plataformas preferidas dos internautas: Facebook, Instagram e TikTok.

Considerado o aplicativo de vídeos curtos disponível para celulares Android e iPhone (iOS) mais popular do mundo, o TikTok é mais utilizado por Camila Jara, que soma 122 mil seguidores, enquanto os demais estão bem longe dessa marca, com Marcos Pollon com 1.941 seguidores, Adriane Lopes com 1.001 seguidores e Beto Pereira com 98 seguidores.

Já quando a plataforma analisada é o Instagram, uma rede social gratuita para compartilhamento de fotos e vídeos capaz de gerar engajamento para marcas, os números são mais favoráveis ao deputado federal do PL, que tem 207 mil seguidores, seguido de longe pela deputada federal petista, com 128 mil seguidores, depois pela prefeita, com 31,8 mil seguidores, e pelo deputado federal tucano, com 22,4 mil seguidores.

No caso do Facebook, a rede social mais antiga do mundo virtual e que começou em 2003, quem assume a ponta é Beto Pereira, com 21 mil seguidores. Marcos Pollon tem 18 mil seguidores, Adriane Lopes 16 mil seguidores e Camila Jara 12 mil seguidores.

Apesar de até poderem ser considerados expressivos nos casos dos quatro pré-candidatos, os números deles revelam que ainda estão muito aquém do ideal para quem tem a pretensão de disputar a cadeira mais importante do Poder Executivo de Campo Grande, principalmente no caso do TikTok, que é um fenômeno entre os jovens e foi o aplicativo mais baixado no mundo em 2020.

Os especialistas em marketing eleitoral são unânimes ao afirmar que, atualmente, é preciso saber usar as plataformas para ampliar a atuação dos pleiteantes e manter o engajamento do eleitorado. Além disso, a mensagem que se deseja passar via plataformas digitais é tão importante ou até mais que o número de seguidores on-line.

Com raras exceções, os diversos candidatos eleitos com sucesso para o Legislativo e o Executivo nas últimas eleições municipais foram pessoas com boa performance nas redes. O mundo virtual é irreversível e, para 2024, será um ambiente essencial para os candidatos nos municípios.

Na visão dos especialistas, as plataformas são um espaço para que os discursos que serão importantes nas eleições do próximo ano sejam adornados pelos candidatos, especialmente para os eleitores mais jovens, que são “naturais” nas redes.

Nesses espaços, será necessário focar a atuação nas pautas da cidade e direcionar os conteúdos para os eleitores do município. As redes sociais são, hoje, a forma como candidatos fazem a interface com o eleitorado. Nessas plataformas, o velho ditado “quem não é visto, não é lembrado” vale mais do que nunca.

No Poder Executivo, por exemplo, as redes têm ainda mais peso, pois o número de eleitores precisa ser maior do que sua rede de relacionamentos pessoais. Portanto, elas são hoje ferramentas indispensáveis, pois são uma forma de entregar a mensagem a um alcance maior do que o de outros meios de comunicação.

Estudo do Serpro, líder no mercado nacional de TI para o setor público, revelou que as eleições realizadas em 2014 reforçaram a importância do uso das mídias sociais como um espaço de comunicação e de debate político.

Até 2010, a estratégia dos candidatos era estar presente nas ferramentas mais populares e, normalmente, agir na rede como ação complementar de divulgação dos conteúdos das mídias tradicionais. Hoje, a sociedade digital exige mais interação, e o candidato que não entender isso está fadado a fracassar nas urnas em 2024.

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Divulgação

DANIEL PEDRA

CORREIO DO ESTADO