PRB decide expulsar doze infiéis nas eleições
Um deles é o senador Pedro Chaves, além de 11 vereadores
O PRB, braço político da Igreja Universal do Reino de Deus, decidiu expulsar 12 infiéis. Um deles é o senador Pedro Chaves, além de 11 vereadores. “É preciso combater a prostituição eleitoral e partidária que toma conta do País”, afirmou o presidente regional do partido, Wilton Acosta, em postagem na sua página do Facebook.
A “infidelidade” citada por Acosta referiu-se a Chaves, que apoiou o governador reeleito, Reinaldo Azambuja (PSDB), durante a campanha eleitoral. O senador esperou até o último minuto da convenção partidária pelo apoio de Azambuja, mas ele não apareceu, em razão da coligação “inchada” dos tucanos. Então, o PRB decidiu pela coligação com o PDT, do juiz Odilon de Oliveira.
Porém, o senador desistiu da candidatura, alegando que Odilon não tinha cumprido compromisso firmado com ele, de que o PDT apoiaria apenas um candidato ao Senado. O partido fez aliança também com o Podemos, que tinha um candidato ao Congresso Nacional, Humberto Figueiró. As pressas, o PRB substituiu a candidatura de Chaves pela do vereador de Campo Grande, Gilmar da Cruz (PRB). Acosta disse não saber o motivo de o senador ter desistido da reeleição, uma vez que foi ele quem decidiu pela aliança com o PDT.
A desistência de Chaves esquentou o cenário político, e Odilon o acusou indiretamente de ser covarde.
O senador ficou incomodado com a reação do juiz federal aposentado e apareceu em um evento com a presença da então candidata à vice-presidência, senadora Ana Amélia (PP).
Na época, Chaves disse que era obrigação dele dar palanque à colega, mas, durante o evento, ele confirmou seu apoio ao tucano.
Com isso, Acosta falou que expulsaria o senador do partido, mas esperaria acabar as eleições. Ele fez a postagem no Facebook, mas não citou os nomes dos vereadores que serão expulsos. A reportagem do Correio do Estado tentou entrar em contato com o senador e com Acosta, mas não conseguiu.
Por Renata Volpe Haddad - CORREIO DO ESTADO