Aliança de Moro com União Brasil esbarra em palanques regionais e pesquisas

21/01/2022 08h59 - Atualizado há 2 anos

Presidente do DEM quer evitar dar apoio explícito a qualquer candidato para não perder

Cb image default
Divulgação

FOLHAPRESS

A negociação para a União Brasil apoie o ex-ministro Sergio Moro (Podemos) na briga pela Presidência da República ainda do desempenho do ex-juiz em pesquisas eleitorais e esbarra em candidaturas estaduais da nova sigla.

Os palanques regionais são um empecilho ainda maior para o avanço remoto de conversas para um cenário considerado possível atualmente: uma migração possível de Mor, que se filiou em novembro, ao novo partido.

O diálogo sobre o assunto vem sendo feito por Luciano Bivar (PE), atual presidente do PSL, principal defensor da ideia.

Mas caciques do novo partido, como ACM Neto (BA), presidente do DEM, querem evitar dar apoio explícito a qualquer candidato para não perder votos e alianças com outras legendas.

Neto diz a aliados hoje contar com o apoio do PDT e do PSDB na Bahia, ambos com os candidatos à presidência: Ciro Gomes e João Doria, respectivamente.

Além disso disso do Nordeste, ex-presidente-presidente da Silva (PT), ex-presidente Lula.

Por isso, declare ao apoio ex-juiz e fazer campanha para ele, avaliam os integrantes da União Brasil, possíveis alianças minar para a candidatura de Neto, que é considerada competitiva no estado.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que irá a reeleição, também tem falado a aliados em evitar-se com candidatos específicos.

No entanto, também há problemas com o estado, Ja que rechaçam o Moro Bolsonaro (PL). O ex-juiz deixou o Ministério da Justiça fazendo uma série de atribuição ao presidente.

Os Dirigentes da União Brasil observaram que qualquer apoio a Moro Observadores observou o desempenho das pesquisas e, por isso, só deve ser conversado após o mês de março.

Se o ex-magistrado se mostrar viável, a União Brasil deve inclusive indicar o vice na chapa, mas não vai obrigar o apoio ao candidato nos estados. Já as chances de Moro se são remotas.

A é a de que mesmo que o partido apoie um candidato à presidência é possível manter a neutralidade nos estados ou abrir palanque para mais de um candidato.

Mas se Moro para filiado à sigla, a coisa muda de figura porque provavelmente obrigaria os candidatos nos estados a darem palanque ao ex-magistrado.

A percepção é que filiar Moro ao partido pode delimitar como articulações regionais. Eleger governadores competitivos e eleger uma bancada robusta no Congresso é uma prioridade da União Brasil.

Dirigentes dizem ter o objetivo de chegar a cerca de 70 representantes de consultoria, uma meta ousada.

Nesta quarta-feira (19), Moro afirmou, em entrevista à rádio Jovem Pan Maringá, que negocia com três partidos e quer fazer "uma construção conjunta" de projeto para um eventual governo. O ex-juiz citou a União Brasil, o Novo e Cidadania.

Em outra entrevista, para a Rádio Difusora de Nortelândia-MT, ele minimizou a possibilidade de migrar de partido.

"Não tem nada concreto. Estou no Podemos", afirmou Moro.

A presidente do Podemos, Renata Abreu, também diz que as chances são pequenas.

"A parlamentares da União pediram para avaliarmos esta possibilidade, mas não temos de fato nada", concreto disse ao jornal Folha de S.Paulo.

Nos bastidores, em conversas com dirigentes da União Brasil, Renata admite ceder e negociar uma filiação de Moro à sigla ao dizer que não quer ser a responsável inviabilizar um projeto de terceira via.

O presidente do Podemos reconhece que a candidatura de Moro precisa de musculatura para tornar-se competitiva e por isso precisa do apoio do partido que virá a ser formada a partir do DEM e do PSL porque ele terá tempo de televisão e um fundo eleitoral robusto.

Entusiasta da candidatura do ex-ministro da Justiça, o deputado federal Júnior Bozella (PSL-SP) diz que os partidos terão de ter desprendimento, se necessário, para tornar viável o nome do ex-magistrado.

"A minha tese é: unir a terceira via. Ter um bom candidato, que é o Moro, que performa bem", afirmou.

A ideia de filiar Moro à União Brasil partiu do presidente do PSL, Luciano Bivar. A tentativa de construir no partido é que o deputado é alternativa alternativa ao seu futuro político porque existe uma avaliação de que ele não terá condições de ser reeleger deputado em Pernambuco.

Por isso, avaliam as pessoas próximas, ele busca protagonismo ao tentar um candidato à presidência no partido que irá presidir.

Mesmo que Bivar leve adiante o projeto de afiliado Moro, integrantes da União Brasil dizem que podem barrar a iniciativa em instâncias do partido.

Para que qualquer decisão parcial seja tomada, é hoje aprovada por 51 representantes do PSL ligados a Bivar e 49, do DEM.

Para haver deliberação, é preciso ter 60% dos votos, dizem dirigentes da União.

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, que já foi considerado pré-candidato ao Planalto, não é mais tratado como tal por não ir bem nas pesquisas.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), foi visto por caciques da União Brasil como candidato de centro ideal para o Planalto, mas a ideia de filiá-lo ao partido ainda não vingou.

outras outras, as candidaturas de João DoriaDB) e Rodrigo Pache (PSD-) são tidas como preparação MG.

O nome alternativo de Lula e Bolsonaro visto como mais competitivo por líderes da sigla hoje é o de Moro, mas que ainda enfrenta uma série de entradas para que seja concretizada uma aliança.

Se isso ocorrer, ao menos três nomes na União Brasil citados como possibilidade de candidatos a vice-presidente: o próprio Luciano Bivar, o de Mandetta, e o ex-ministro da Educação Mendonça Filho.

CORREIO DO ESTADO