Políticos de MS recriminam caso de bolsonarista que matou militante petista
Vítima festejava aniversário com decoração que saudava ex-presidente Lula
CELSO BEJARANO
A pré-candidata ao Planalto, a senadora sul-mato-grossense Simone Tebet, do MDB, o deputado estadual Pedro Kemp e o pré-candidato ao Senado, Tiago Botelho, ambos petistas, recorreram às redes sociais, para protestarem contra o episódio que ocorreu ontem, em Foz do Iguaçu, onde um homem dizendo-se bolsonarista invadiu uma festa e matou um militante petista, que comemorava o aniversário com temas vinculados ao ex-presidente Lula.
"Adversário não é inimigo. Que o caso de Foz do Iguaçu/PR faça soar o alerta definitivo. Não podemos admitir demonstrações de intolerância, ódio e violência política. Me solidarizo com os familiares. Esse tipo de conflito nos ameaça enormemente como sociedade", escreveu a emedebista.
Ela afirmou também que "é contra isso que luto e continuarei lutando. Tenho certeza que nós, brasileiros, temos todas as condições de encontrar um caminho de paz, harmonia, respeito, amor e dignidade humana para reconstruir o Brasil".
Já Pedro Kemp, deputado estadual, afirmou em suas redes sociais: "vejam o que o discurso de ódio faz. A política é o espaço para o debate de ideias e propostas. Onde entra a violência acaba a racionalidade e a discussão de projetos. Lamentável!".
Tiago Botelho, professor universitário, petista e que concorre a vaga ao Senador, anotou: “vamos fuzilar a petralhada”, disse publicamente Bolsonaro em 2018. Ontem, em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, teve seu fuzilamento por comemorar o aniversário com festa temática do PT e do Lula. A intolerância e o ódio na política brasileira tem nome: Bolsonaro!".
Arrematou o professor: "o Brasil não aguenta mais o ódio na política imposto pela extrema direita. Minha solidariedade à família do policial Marcelo Aloizio Arruda".
O caso
Marcelo Aloízio Arruda, guarda municipal há quase três décadas em Foz do Iguaçu, festejava com outras 40 pessoas o aniversário de 50 anos num clube da cidade.
Em dado momento apareceu por lá o policial penal federal, José da Rocha Guaranho, que, aos gritos e armado, segundo testemunhas, passou a gritar: mito e bolsonaro, eu sou Bolsonaro.
O dono da festa, Marcelo Aloízio pediu que o policial se retirasse e os dois discutiram. Convencido a sair do local, Guaranho foi, mas disse que retornaria.
O guarda municipal disse a amigos que, por temer a volta do policial, ia pegar sua arma no carro. Logo depois, o policial penal entrou novamente sem ser convidado à festa e atirou no guarda municipal, tesoureiro do PT e Foz do Iguaçu, que revidou e acertou um tiro em Guaranho.
Pela manhã, a polícia local informou que os dois tinham morrido, mas havia se enganado.
Apenas o petista morreu. O policial penal está internado sob custódia policial.
CORREIO DO ESTADO